Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS <p>O Grupo Verde de Agroecologia e Abelha (GVAA), disponibiliza a revista "Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (ISSN 2358-2367)", para a divulgação de trabalhos apresentados em Congressos, Simpósios, Encontros, Seminários e outros eventos apoiados pelo GVAA, com a intenção de colaborar com o avanço e divulgação nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Ambientais, Ciências Alimentares, Biodiversidade, Zootecnia e Interdisciplinar, com foco especialmente na Agroecologia e o Desenvolvimento sustentável rural.</p> pt-BR <p>Termo de cessão de direitos autorias</p> <p>Esta é uma revista de acesso livre, em que, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.</p> <p>O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, publica a OBRA no Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, representada pelo Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), estabelecida na Rua Vicente Alves da Silva, 101, Bairro Petrópolis, Cidade de Pombal, Paraíba, Brasil. Caixa Postal 54 CEP 58840-000 doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:</p> <p>O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida.</p> <p>O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.</p> <p>O CEDENTE mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de divulgação da OBRA, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.</p> <p>O CEDENTE têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista.</p> <p>O CEDENTE têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.</p> patriciomaracaja@gmail.com (Patricio Borges Maracajá) suporte@antsoft.com.br (AntSoft Systems On Demand) Tue, 17 Oct 2023 15:22:53 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Colopexia após prolapso de reto recidivante: relato de caso https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10171 <p><span class="fontstyle0">O prolapso retal é caracterizado pela protrusão e inversão completa ou parcial de uma ou mais camadas do reto através<br>do ânus. Essa doença afeta animais de todas as idades, no entanto, acontece com maior frequência em animais machos,<br>jovens, com quadro de diarreia, tenesmo graves, endoparasitirmo, doenças anorretais e doenças do trato urinário inferior.<br>A Colopexia é uma técnica invasiva indicada quando o prolapso é recidivante e não responsivo à tratamentos<br>conservadores. Assim, o presente trabalho relata o caso de um felino, fêmea, não castrada, sem raça definida, com 5 meses<br>de idade, pesando 2,2 kg e oriunda de resgate. O animal deu entrada na clínica para consulta, onde a queixa principal do<br>tutor foi a exposição da mucosa retal há 15 dias, inicialmente bem discreto. No exame físico evidenciou-se mucosas<br>normocoradas, temperatura retal de 37,4 </span><span class="fontstyle0">o</span><span class="fontstyle0">C, frequência cardíaca de 180 bpm e frequência respiratória de 40 mpm,<br>hidratada, linfonodos sem alterações, escore corporal 3, TPC 2, apresentava ativa e com presença de </span><span class="fontstyle2">Ascaris lumbricoides<br></span><span class="fontstyle0">nas fezes</span><span class="fontstyle0">. Observou-se prolapso de reto, bem hiperêmico e sem sinais de traumatismo ou necrose. Foram realizados<br>exames complementares, como hemograma completo e bioquímica sérica. No hemograma pode-se observar presença de<br>eritrocitose, além de intensa agregação plaquetária e bioquímico sem qualquer alteração. Como tratamento conservador<br>foi realizado o reposicionamento com bolsa de fumo, feito sedação com Propofol 2mg/kg e sutura com fio Nylon 3.0. No<br>pós-procedimento foram prescritos Lactulona, Vetmax suspensão, Meloxican 0,2 mg e Diaziprim por via oral. No dia<br>seguinte, o animal retornou a clínica apresentando recidiva do prolapso retal, feito um novo procedimento com sutura<br>mais reforçada, acrescentado na prescrição Óleo mineral por via oral e orientado ao tutor alimentar apenas com sachê e<br>comida pastosa durante o tratamento. Ao retornar para acompanhamento clínico a tutora relatou a presença de fezes<br>rígidas, sendo necessária a retirada da bolsa de fumo devido obstrução. Frente à baixa resposta ao tratamento conservador,<br>optou-se por uma abordagem mais invasiva com a realização da técnica de colopexia com objetivo de impedir novo<br>prolapso. Como protocolo anestésico foi administrado na MPA Dexmedetomidina, Cetamina, Metadona por via<br>intramuscular, na indução Propofol e Fentanil por via IV e manutenção inalatória com Isoflurano. Feito celiotomia retroumbilical e uma tração leve para internalizar o segmento retal que estava prolapsado, em seguida, realizado a fixação do<br>cólon descendente à parede abdominal. No pós operatório foi prescrito Amoxicilina + Clavulanato de Potássio 250mg/ml,<br>Lactulona, Ômega Cat 3+6+D por via oral, Meloxicam 0,3% por via subcutânea e Vetaglós pomada para aplicação em<br>fina camada após limpeza da ferida. O prognóstico do presente relato foi favorável, a técnica cirúrgica se mostrou eficaz<br>e o animal obteve boa recuperação.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Adjane Karla Cândido de Araújo Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Adjane Karla Cândido de Araújo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10171 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Importância da Análise do Fibrinogênio na Rotina Veterinária https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10181 <p>O fibrinogênio é uma proteína de fase aguda produzida pelo fígado, constituindo cerca de 5 % das proteínas plasmáticas totais. Lesões e sinais clínicos iniciais da inflamação estão associadas com proteínas especificas que sustentam o processo inflamatório nos líquidos teciduais. Esse componente é sintetizado pelo fígado, e quando seus níveis plasmáticos aumentados há processos inflamatórios agudos. O mesmo é um marcador inflamatório conhecido em equinos, que aumenta de 24-72 horas após o início do processo inflamatório e permanece aumentada por períodos prolongados (até 7 dias) após o término do processo inflamatório, sendo a principal desvantagem do seu uso. Em cavalos sadios a concentração do fibrinogênio pode variar entre 200 e 400 mg dL<sup>-1</sup>, com limites mínimo e máximo aceitáveis de 100 a 500 mg dL<sup>-1</sup>, respectivamente. Entretanto, uma concentração de 500 a 600 mg dL<sup>-1</sup> pode ser decorrente de processo inflamatório em fase aguda, enquanto valor igual ou superior a 1.000 mg dL<sup>-1</sup> indica inflamação em estágio mais avançado e de pior prognóstico. Assim através do estudo do fibrinogênio podemos reconhecer o início e a gravidade de um processo inflamatório e seu tratamento. Há várias formas de se determinar o fibrinogênio plasmático, os dois métodos mais utilizados são a precipitação pelo calor e a mensuração pela completa conversão da fibrina na presença da trombina (método do coágulo de fibrina). No Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) P9 os alunos de Medicina Veterinária da FRCG, poderão acompanhar a análise de fibrinogênio de animais do Haras Lagoa dos Lagos, na Clínica Equestre situada no município de Lagoa Seca-PB. A técnica utilizada no laboratório da Equestre é a clássica Schalm de precipitação pelo calor. O sangue dos animais foram coletados em tubos de EDTA, condicionados em isopor e encaminhados ao laboratório da Equestre, as amostras foram centrifugadas a 10.000 rpm por 5 minutos ambos os tubos onde as alíquotas de soro foram separadas. Um capilar é aquecido no banho-maria a 56 ºC durante 3 minutos e novamente centrifugado a 10.000 rpm durante 5 minutos, logo após foi colocado uma gota do material no prisma do refratômetro e realiza o cálculo da diferença das proteínas plasmáticas para se encontrar o valor do fibrinogênio. Esse exame é rotineiro na clínica Equestre, sendo um procedimento rápido na sua execução e de baixo custo. Além disso através desse exame da determinação da concentração plasmática do fibrinogênio, contribui de forma positiva e precoce no diagnóstico de estados inflamatórios e infecciosos nos animais acompanhados, mostrando que o acompanhamento do médico veterinário é eficaz e importe como preventivo.</p> Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10181 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Psitacose na interface entre humanos e aves – Revisão Bibliográfica https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10186 <p>Os microrganismos da família Chlamydiaceae são patógenos intracelulares obrigatórios de aves e mamíferos. A vasta quantidade e diferentes espécies desta família permite a infectação de muitos hospedeiros,&nbsp; devido ao seu alto tropismo tecidual variável, que proporciona o surgimento de inúmeras doenças agudas e crônicas, as quais vão desde infertilidade sexualmente transmissível, até tracoma, doenças respiratórias e cardiovasculares. Psitacose é o nome dado a uma patologia infecciosa gerada pela bacteria <em>Chlamydia psittaci</em>, a qual pode ser transmitida a humanos por meio de contato direto com aerossóis oriundos das secreções de aves - Psittaciformes - contaminadas e assintomáticos. Em 1879 foi descrito o primeiro surto de psitacose, descrito por Jacob Ritter, associando a doença a papagaios e tentilhões. Já os surtos pandêmicos de psitacose humana de 1929 e 1930 estavam ligados à importação de psitacídeos infectados oriundos da América do Sul destinados à Europa e América do Norte. Pelo fato de ser uma doença inespecifica, ter seus sintomas semelhantes a uma patologia de cunho viral e, comumente, não serem realizados testes para sua confirmação, uma vez que, tal conduta está consonante as diretrizes vigentes para casos clínicos gerais e médicos especialistas, de que a investigação microbiológica não se faz necessária para o tratamento adequado no caso de pneumonias não complicadas. Dessa forma, o paciente portador de pneumonia por <em>C. psittaci</em> fica impossibilitado de receber o tratamento de forma precisa e eficaz, todavia, é de grande importância que seja realizada a identificação da origem de caso de psitacose em humanos, por se tratar de um caso de saúde pública. Sendo assim, é necessário que seja realizada investigação na interfase entre animais, humanos e seu ambiente compartilhado, por meio de diagnóstico com base em reação em cadeia da polimerase (PCR) em conjunto com a investigação veterinária epidemiológica. Em aves, o tratamento é por meio de doxiciclina por 45 dias pois apresenta melhor absorção e por ser eliminada mais gradativamente em relação as demais tetraciclinas. pode ser administrada a dose de 1000mg/kg de ração ou 200 à 800mg/l de água; outra alternativa é o&nbsp; uso de quinolonas como as enrofloxacinas e macrolídios como a azitromicina. Em humanos, o principal sintoma conhecido é uma pneumonia mais agressiva e que não age de forma simples. Febre, calafrios, diarreia, apatia e inapetência, dentre outros, são sintomas relatados por pacientes que positivaram para psitacose, para humanos o tratamento de predileção também é a base de tetraciclina, doxiciclina 10 mg via oral a cada 12h ou cloridrato de tetraciclina 500 mg, a cada 6h, deve ser contínuo e ter duração de 10 a 14 dias. Em casos de gestantes e crianças menores de 8 anos de idade, recomenda-se o tratamento com os macólideos como azitromicina e eritromicina, 250-500 mg por 7 dias.</p> Thyago Araújo Gurjão; Dennis Fábio Silva Lima Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Dennis Fábio Silva Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10186 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Utilização de medicamentos humanos em animais domésticos: implicações e efeitos adversos. https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10192 <p><span class="fontstyle0">Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a automedicação é caracterizada pela iniciativa de um<br>doente, ou de seu responsável, em obter ou produzir e utilizar um produto que acredita lhe trará benefícios no<br>tratamento de doenças ou alívio de sintomas, sem a orientação de um profissional de saúde qualificado. Um dos fatores<br>que levam à intoxicação por medicamentos é a cultura da automedicação familiar, o que faz com que seja empregado o<br>mesmo comportamento com seus animais de estimação - ou seja, se o animal está apresentando um sintoma parecido<br>com o que o ser humano apresenta, o responsável medica com o que ele habitualmente se automedica. Segundo o<br>Sistema Nacional de Informações Tóxi-farmacológicas (SINTOX), os números de intoxicações causadas por<br>medicamentos superam os das intoxicações originadas por outros agentes tóxicos como, por exemplo, agrotóxicos,<br>produtos de limpeza e cosméticos. Os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação nos animais de<br>companhia no Brasil, sendo os antiinflamatórios não esteroidais (AINE`s), analgésicos, antibióticos, tranquilizantes e<br>antiparasitários as categorias mais citadas. Os animais domésticos, quando comparados ao humano, têm uma maior<br>sensibilidade em virtude de serem carnívoros, o que facilita a absorção do AINE. No entanto, os felinos sendo maus<br>conjugadores de AINE´s, estão mais propensos a toxicidade por tais fármacos. As classes de medicamentos mais<br>reportados nos casos de intoxicação em cães e gatos são os antibióticos, os AINEs. Dentre eles os principais são:<br>Paracetamol: Em doses elevadas, o que geralmente ocorre em casos de medicação sem orientação medica, pode causar<br>hepatopatias. Dipirona: Os efeitos colaterais que podem ser causados pelo uso desse fármaco incluem: sedação,<br>agranulocitose, leucopenia e convulsões</span><span class="fontstyle2">. </span><span class="fontstyle0">Ibuprofeno: é pouco seguro em gatos. Por isso seu uso é contraindicado, já que<br>ele pode levar ao surgimento de úlceras gástricas e gastroenterites sérias. Diclofenaco: os cães são muito sensíveis a<br>este princípio ativo, e quando medicados com ele, mesmo que em pequenas concentrações, podem sofrer uma<br>gastroenterite hemorrágica, que pode levar o animal a morte. Amoxicilina: normalmente é bem tolerada, e as<br>intoxicações estão geralmente associadas a altas dosagens, é possível também que haja algumas reações alérgicas.<br>Sulfonamidas: Pode acontecer comprometimento hepático e renal. Fluoroquinolonas: A enrofloxacina é a principal<br>representante deste grupo farmacológico Em estudos realizados com felinos, foi comprovado que altas doses, e uma<br>continuação deste medicamento acima de 5 dias pode causar descolamento de córnea. Beta-lactâmicos: esses<br>antibióticos podem levar ao desenvolvimento de uma reação de hipersensibilidade muito grave, na qual o animal irá<br>manifestar alguns sinais característicos, tais como a taquicardia, a taquipneia, mucosas hipocoradas, ataxia, icterícia,<br>depressão e, em determinadas situações, a morte. Ressaltando a importância de um atendimento médico veterinário e<br>quando for o caso o acompanhamento deste animal, para que recebe um conforto e um prognóstico positivo.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10192 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 A importância do enriquecimento ambiental no bem-estar de cães https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10168 <p><span class="fontstyle0">A relação entre humanos e cachorros data desde os tempos mais antigos. Atualmente os cachorros<br>são vistos como membros da família e, desta forma, os tutores buscam melhorar a qualidade de vida<br>de seus animais. O enriquecimento ambiental pode ser alimentar, sensorial, cognitivo, social ou físico<br>e consiste no incremento do ambiente onde o animal vive, a fim de evitar problemas comportamentais,<br>dando liberdade e também os entretendo para ocupá-los e diverti-los e, com isso, aliviar o estresse e<br>ansiedade. E através do enriquecimento ambiental, gerando uma forma de interação, incentivando o<br>tutor a entreter o animal, também é uma atividade que gera independência, pois será momento em<br>que o cão ficará entretido se alimentando e brincando sem a necessidade de o tutor estar interagindo<br>de forma ativa durante o processo. Através do enriquecimento ambiental, será oferecido tudo que um<br>cachorro precisa para satisfazer seus instintos naturais dentro de casa, desafiando e estimulando<br>diariamente. Enriquecer o ambiente de um cachorro socialmente é simples e deve ser feito desde o<br>início da vida. Isso porque cães são extremamente sociais e, por isso, precisam interagir com outros<br>cachorros, animais de outras espécies e humanos. Eles adoram comer e esse interesse pode ser muito<br>bem utilizado como forma de enriquecer o ambiente. Uma boa forma é oferecer alimentos para os<br>cachorros gerando estímulos comportamentais característico deles. O enriquecimento ambiental<br>sensorial nada mais é que incentivar o cachorro a utilizar o olfato, tato, audição, paladar e visão.<br>Todos os cães são verdadeiros atletas, independentemente da raça. Por isso, eles precisam de um<br>ambiente enriquecido fisicamente para que possam viver saudavelmente. Estimular um cachorro<br>cognitivamente é simplesmente desafiar a capacidade mental dele por meio de jogos, brinquedos ou<br>brincadeiras ou situações que ele precisa resolver para que possa ser recompensado. Muitos passam<br>a maior parte do dia sozinhos enquanto os tutores cumprem suas responsabilidades fora de casa,<br>enriquecer o ambiente do cachorro é fundamental para que ele seja saudável e feliz.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Amadeu Pimentel Travassos, Fátima Bianca de Medeiros Ribeiro Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Amadeu Pimentel Travassos, Fátima Bianca de Medeiros Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10168 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Hiperplasia Mamária Felina: Desafios na Medicina Veterinária https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10179 <p>A Hiperplasia Mamária Felina é uma condição benigna, não neoplásica, caracterizada pelo aumento rápido de uma ou várias glândulas mamárias, sendo uma enfermidade que acomete as gatas&nbsp; em geral, normal mente é visualizada em animais mais jovens que tem o seu primeiro ciclo estral, a sua patogenia não possui estudos concretos, mas está ligada diretamente a sua inconformidade no uso hormonal de esteroides, sua manifestação clinica é direta mente ligada à glândula mamária, devido a transtor nos orgânicos secundários e também por essa manifestação estar associada ao uso excessivo de drogas contraceptivas, utilizadas em injeções com alto nível de progesterona nas gatas com o intuito de interromper o cio para não ocorrer uma gravidez. No entanto, a hiperplasia mamária felina tem cura, mas dependerá da forma como a enfermi dade é tratada. Dessa forma, a busca pelo tratamento correto e eficaz no tratamento condiz também com o estado do animal, o avanço da neoplasia mamária e principalmente as drogas usadas ou em outros casos a escolha dos procedimentos&nbsp; cirúrgicos&nbsp; efetivos&nbsp; para tratar&nbsp; o animal&nbsp; acometido.&nbsp;&nbsp; Os&nbsp; desafios&nbsp; na&nbsp; Medicina&nbsp; Veterinára&nbsp; estão ligados primeiramente a forma de conscientização de tutores sobre o uso dos contraceptivos, que trazem uma carga hormonal agressiva para as gatas, dessa forma a procura pela informação sobre a aplicação dessas injeções é mínima e permanece ainda em uso e sendo comercializado. A procura pela Ovariohi sterect o mia (OH) também é pouco procurada o que diminuiria não soment e a superpopulação de gatos, como também os ní veis hormonai s no organis modo animal.</p> Thyago Araújo Gurjão; Jamily Martins Silva Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Jamily Martins Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10179 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Os Benefícios da Apitoxina Para Saúde Humana: Uma Analise Cientifica https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10184 <p>A apitoxina, o veneno de abelha, tem sido objeto de interesse crescente devido às alegações de seus potenciais benefícios para a saúde humana. Esta revisão analisa a pesquisa científica atual sobre o assunto, explorando os métodos de estudo utilizados e destacando os resultados e conclusões relevantes. Para compreender os benefícios da apitoxina para a saúde humana, realizou-se uma busca abrangente de artigos científicos publicados em bases de dados médicas e acadêmicas. Os estudos selecionados foram submetidos a uma análise crítica e classificados em função da qualidade metodológica, do tamanho da amostra e da relevância para os benefícios potenciais. <strong>Propriedades Anti-inflamatórias:</strong> Vários estudos sugerem que a apitoxina contém compostos com propriedades anti-inflamatórias, podendo ser benéfica no tratamento de doenças inflamatórias. <strong>Alívio da Dor:</strong> Alguns pacientes relatam alívio da dor após terapia com apitoxina, embora a eficácia varie de acordo com a condição e o indivíduo. <strong>Melhora da Circulação:</strong> A apitoxina pode melhorar o fluxo sanguíneo local, o que pode ser relevante para a cicatrização de feridas e recuperação após lesões. <strong>Efeito Antioxidante:</strong> Pesquisas preliminares indicam que a apitoxina pode ter propriedades antioxidantes, ajudando a combater o estresse oxidativo. Embora haja evidências sugerindo que a apitoxina pode ter benefícios potenciais para a saúde humana, é importante ressaltar que a pesquisa ainda está em estágio inicial. A eficácia e a segurança da terapia com apitoxina podem variar consideravelmente entre os indivíduos, e o risco de reações alérgicas é uma preocupação significativa. Portanto, qualquer consideração para utilizar a apitoxina como parte de um tratamento deve ser discutida com um profissional de saúde qualificado, que possa avaliar os riscos e benefícios específicos para cada paciente. Mais estudos são necessários para definir o papel exato da apitoxina na medicina e seus usos clínicos adequados.</p> Thyago Araújo Gurjão Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10184 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE CADÁVERES PARA O ENSINO NA MEDICINA VETERINÁRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10189 <p><span class="fontstyle0">Na medicina veterinária é de suma importância o estudo da anatomia, uma ciência utilizada e desenvolvida a<br>milênios que tem por objetivo compreender as estruturas e suas funcionalidades, e para maximizar o processo de<br>aprendizagem de estruturas se faz necessário adquirir conhecimentos de como conservar os cadáveres de forma que a<br>técnica conserve o máximo esse cadáver sendo também uma técnica milenar. No entanto, o uso de meios digitais para<br>representar estruturas musculares e outras complexas está se tornando comum na educação atual. A responsabilidade das<br>instituições de ensino é oferecer um ensino de alta qualidade que aborda tanto os princípios fundamentais da anatomia<br>quanto às habilidades cirúrgicas necessárias. A evolução no uso de animais para fins educacionais e experimentais segue<br>os princípios dos três Rs, reduction, refinement e replacement (redução, refinamento e substituição), estabelecidos em<br>1959. Esses princípios visam reduzir o número de animais utilizados, aprimorar as técnicas envolvidas e substituir os<br>animais por métodos alternativos. Métodos alternativos de ensino estão sendo desenvolvidos para garantir o bem-estar<br>dos animais e estimular as habilidades psicomotoras necessárias em procedimentos cirúrgicos. A utilização desses<br>métodos em aulas práticas permite que os alunos adquiram conhecimento e habilidades essenciais para a realização de<br>cirurgias, ao mesmo tempo em que ganham confiança por meio da repetição dos procedimentos, porém, ainda é muito<br>utilizado cadáveres para o estudo de anatomia, sendo que a utilização de cadáveres desempenha um papel crucial no<br>aprendizado da anatomia e no desenvolvimento de habilidades cirúrgicas, mas enfrentam muitos desafios relacionados à<br>decomposição. Para superar este problema é estudado o uso de fixadores em cadáveres, visando preservar suas<br>características e evitar problemas biológicos e ambientais. Existem várias técnicas de preservação, com a formalização<br>(usando formol) sendo a mais comum, entretanto o uso do formol é um risco para saúde humana, a Agência Internacional<br>de Pesquisa em Câncer classificou o formaldeído como um agente cancerígeno, além de apresentar uma série de<br>desvantagens, como descoloração, rigidez dos tecidos, além de riscos à saúde, também apresenta risco ao meio ambiente.<br>Uma outra opção seria a glicerinação, que combina glicerina e álcool absoluto, é uma alternativa vantajosa para a<br>preservação, oferecendo peças mais leves, com morfologia preservada e menor impacto na saúde humana e ambiental.<br>No entanto, seu alto custo limita sua utilização. Outra alternativa seria a criodesidratação, que se baseada em ciclos de<br>congelamento e descongelamento, é uma alternativa eficaz e de baixo custo, oferecendo peças secas, leves e sem odor,<br>mantendo as características reais. Essa técnica reduz significativamente o peso das peças, facilitando o estudo, e elimina<br>a necessidade de fixadores químicos. No geral, cada técnica de preservação tem suas vantagens e desvantagens, mas a<br>criodesidratação surge como uma alternativa promissora para a conservação de peças anatômicas devido à sua eficácia,<br>baixo custo e menor impacto ambiental. Sendo assim, a escolha da técnica deve considerar custo, segurança, preservação<br>das características anatômicas e impacto ambiental, com a evolução das técnicas tornando o estudo anatômico mais<br>acessível, atraente e sustentável.</span></p> Thyago Araújo Gurjão Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10189 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 CRIAÇÃO DE BIOMODELOS PARA O ENSINO LÚDICO DE JOVENS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: SISTEMA REPRODUTOR DE BOVINOS https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10172 <p>A utilização de biomodelos é aconselhada para as pessoas com deficiência visual, uma vez que permitem ao aluno um melhor desempenho e uma maior independência na procura de informação na sala de aula, abrindo novas experiências. Antes de mais, as ferramentas pedagógicas podem enriquecer a prática pedagógica e atuar como valiosas fontes de motivação para os alunos. Por isso, o professor deve começar a refletir e a pensar na necessidade de incluir nas suas aulas recursos didáticos acessíveis a vários públicos, uma vez que o ambiente acadêmico é normalmente composto por uma grande diversidade de pessoas, capacidades, pensamentos e necessidades. Alguns estudiosos chamam a atenção para o fato de os professores referirem a falta de oportunidades para os alunos se prepararem melhor para os desafios da sala de aula, o desconhecimento dos documentos legais e das recomendações sobre as obrigações da escola relativamente às políticas de inclusão, bem como a ausência de reuniões pedagógicas e formativas para discutir as necessidades e as características únicas dos alunos. Diante dessas circunstâncias, acreditamos que o professor pode assumir o protagonismo na sala de aula, buscando alternativas metodológicas que melhor atendam às necessidades dos alunos que estão saindo e continuando a solicitar e inspirar o apoio da comunidade escolar, que é responsabilidade de todos. Diante disto, o objetivo do trabalho foi discutir a importância e a necessidade de criar e usar ferramentas instrucionais acessíveis para alunos com deficiência visual. Para isso, foi utilizado um exercício prático utilizando materiais feitos de biscuit, que simbolizam o aparelho reprodutor masculino dos bovinos. Os modelos anatômicos obedeceram a determinados padrões, como percepção precisa e consistente dos detalhes anatômicos, enfatizando a grande importância de minúcias e facilitando a compreensão do objeto pelos alunos convidados. Os sistemas foram expostos no laboratório de anatomia onde os jovens foram orientados pelos alunos através do tato para compreender as estruturas de cada órgão e, consequentemente, as funções associadas a cada sistema analisado. Foi criado um sistema reprodutor da espécie bovina à base de biscuit. As estruturas do sistema foram destacadas em um corte transversal. O ureter e o ducto deferente foram reproduzidos, cada um com a mesma função, mas com características texturais e estruturais diferentes. O músculo retrator do pênis e o flexor sigmóide foram representados cada um com expressões distintas, demonstrando vários comprimentos. A distinção entre pênis e testículo era feita pelos respectivos volumes, sendo o segundo diferenciado pelo formato ovular e pela presença do epidídimo na região cranial. No geral, notou-se que a participação dos convidados com as peças foi positiva. Eles prestaram atenção ao longo das explicações e demonstraram interesse em aprender sobre os sistemas do corpo animal.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>permanecendo curiosos. A pessoa com deficiência visual pode vivenciar o mundo através do tato. Por meio dele, ele é capaz de compreender, imaginar, classificar, identificar, separar e decifrar diversas situações.</p> Thyago Araújo Gurjão; Amadeu Pimentel Travassos Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Amadeu Pimentel Travassos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10172 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 O BEM-ESTAR DE GALINHAS PODERIAS TRADUZIDO NO SISTEMA CAGE-FREE https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10182 <p>O sistema de criação em gaiolas tornou-se uma das maiores polêmicas acerca do bem-estar animal, por causa do reduzido espaço que é oferecido e a ausência de elementos de enriquecimento que impossibilitam ou limitam o repertório de atividades consideradas importantes para o animal, de modo que sistemas alternativos de criação para poedeiras têm sido cada vez mais estudados. A origem dos alimentos e como são produzidos, tem sido questionado. Broom e Molento (2004) afirmam que o bem-estar animal está entre os fatores considerados parte da sustentabilidade e da moralidade dos sistemas de criação de animais. O sistema cage free contribui para a redução do estresse nas aves, já que elas têm mais espaço para se locomover e interagir umas com as outras. Isso resulta em aves mais saudáveis e com menor incidência de doenças. Outro benefício importante é a melhoria da qualidade dos ovos. As galinhas criadas em sistema cage free têm uma alimentação mais variada, o que resulta em ovos com maior valor nutricional. Do ponto de vista ambiental, o sistema cage free também traz benefícios. Como as aves têm mais espaço para se movimentar e se exercitar, há um menor acúmulo de excrementos em uma única área. Isso facilita a limpeza e o manejo dos resíduos, além de reduzir o impacto ambiental da produção avícola. Esse sistema busca proporcionar melhores condições de bem-estar para as aves, permitindo que expressem seu comportamento natural e tenham maior qualidade de vida. Além disso, o sistema cage free visa atender às demandas do mercado consumidor, que cada vez mais busca produtos de origem animal produzidos de forma mais ética e sustentável.</p> Thyago Araújo Gurjão Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10182 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Úlcera de Córnea profunda em cães e equinos, uma abordagem clínica e cirúrgica – revisão de literatura https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10187 <p><span class="fontstyle0">A úlcera de córnea profunda se apresenta como uma das causas mais comuns de doença ocular que ocasionam<br>a perda de visão em cães e equinos. Compreende diversos tipos de trauma, produção lacrimal inadequada,<br>lesões químicas, função palpebral inadequada, defeitos palpebrais, corpo estranho, invasão ou resposta<br>imunológica inadequada aos microrganismos. As doenças alérgicas, metabólicas, endócrinas, neurotróficas e<br>idiopáticas, são mais comuns em equinos, mas acomete também com frequência os cães e podem variar entre<br>pequenas erosões do epitélio corneal até úlceras perfurativas. A córnea é a estrutura mais externa do globo<br>ocular, avascular, completamente transparente e em conjunto com o cristalino faz a convergência dos raios<br>luminosos até a retina de forma que podem ser comprometidos por cicatrizes corneanas e por perfurações que<br>culminam em sinéquia anterior, endoftalmite, colapso de câmara anterior, glaucoma e atrofia de corpo ciliar.<br>Os sinais clínicos da enfermidade são caracterizados por desconforto e dor ocular, fotofobia, blefaroespasmo,<br>descarga ocular, epífora e perda da transparência corneana. O diagnóstico deve começar com anamnese e<br>histórico do paciente e deve ter por principais pontos abordados a progressão e as circunstâncias da lesão e se<br>dá por meio da realização de exames como: neuro-oftalmológico que avalia os nervos cranianos relacionados<br>a visão, teste de resposta a ameaça e reflexo pupilar, exame do aparelho nasolacrimal e estruturas anexas do<br>olho, observação das pálpebras, esclera e conjuntiva, avaliação de simetria e possíveis defeitos, uso do teste<br>de Schirmer, função do ducto nasolacrimal (teste de Jones I). O exame do segmento anterior do olho com<br>intuito de excluir a presença de opacidade na córnea, tonometria: medição da pressão intraocular, exame do<br>segmento posterior, observação do fundo do olho, citologia e cultura corneal, amostra de periferia da úlcera,<br>corantes oftálmicos, avaliação de integridade da córnea, conjuntiva e funcionamento fisiológico do sistema<br>nasolacrimal. Os corantes utilizados são: Fluoresceína sódica e rosa bengala. A terapêutica clínica é feita pelo<br>uso de antimicrobianos tópicos e é o pilar da base do tratamento das úlceras, pois atuam impedindo a<br>contaminação e disseminação bacteriana. A frequência das aplicações dos colírios é importante e varia de<br>acordo com o estágio da ulceração, no caso das úlceras superficiais não complicadas e para fins de prevenção,<br>a utilização é realizada em menor frequência. As classes disponíveis para uso na forma de colírio são basicamente: aminoglicosídeos, quinolonas e cloranfenicol, em forma de pomadas: Polimicina B, bacitracina<br>e tetraciclinas e para aplicação subconjuntival: betalactâmicos como as penicilinas e cefalosporinas, que podem<br>ser indicados de forma mais específica após a realização de cultura bacteriana. Mediante a análise clínica e<br>havendo necessidade cirúrgica, há procedimentos cirúrgicos que visam evitar a progressiva perda da visão.<br>Dentre as técnicas mais utilizadas temos: aplicação de adesivos teciduais (adesivo de fibrina, etilcianoacrilato<br>e o n-bul cianoacrilato, Super Bonder®, Vetb, e ainda as técnicas de recobrimento conjuntival em ponte, em<br>180 e 360 graus e o recobrimento palpebral. Para o sucesso do tratamento é essencial o uso de colar elisabetano<br>e dos cuidados recomendados. O prognóstico é reservado podendo evoluir para a cura dependendo do grau da<br>lesão e da resposta do paciente. <br></span></p> Thyago Araújo Gurjão Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10187 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Biomateriais aplicados na Medicina Veterinária - Revisão de Literatura https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10170 <p><span class="fontstyle0">O biomaterial, são meios alternativos pelos quais são utilizados para melhor interação nos sistemas biológicos dos<br>animais, podendo ser natural ou não, e sua composição seria a união de substâncias para melhor recuperação em tecidos<br>lesionados, exemplo, órgãos, tecidos, funções do corpo. E sua aplicabilidade seria um meio mais eficiente e alternativo<br>para não que seja um processo mais invasivo, tendo em vista que os seus pós são mais eficientes do que esses meios<br>invasivos, como por exemplo, cirurgias ortopédicas, cirurgias neurológicas, etc. O material utilizado no trabalho em<br>questão seria artigos já publicados sobre biomateriais e aplica-los ao campo da medicina veterinária, fazendo com que<br>seja mais especifico à área. O método em questão seria comparativo, já que há uma similaridade com campo da medicina<br>humana que possui estudos sobre o tema abordado. Os tipos de biomateriais mais utilizados, são os metais, já que são<br>mais utilizados em procedimentos ortopédicos, tendo em vista que possui uma resistência maior aos outros biomateriais<br>e também a uma futura fratura, possuindo uma estabilização dos tecidos com altas cargas de tração e compressão, que<br>devem ser resistentes a corrosão para diminuir o desgaste fisiológico, podendo ocorrer reações adversas no organismo.<br>Possui também os biomateriais cerâmicos, que é constituído de elementos metálicos ou não, sendo na forma de óxidos,<br>fosfatos, silicatos e carbetos, e tendo sido amplamente utilizado em procedimentos ortopédicos, para a reparação e<br>crescimento de tecido ósseo, possuem um baixo índice de rejeição no organismo, fazendo com que ocorra uma maior<br>interação entre osso e implante, mas possui uma pouca fricção mecânica para sustentar o volume cinético e dinâmico do<br>local. E também há os biomateriais poliméricos, que são macromoléculas orgânicas, que é proveniente de polímeros<br>sintéticos ou naturais, são frequentemente empregados na ortopedia como constituintes em próteses permanentes, em<br>virtude da ampla variedade de composições disponíveis e da maior oferta de materiais com as propriedades mecânicas e<br>físicas desejadas para aplicações específicas, além de sua capacidade de serem processados de maneira conveniente em<br>várias formas e estruturas, a um custo acessível. As cerâmicas de fosfato de cálcio apresentam alto potencial de aplicação<br>como biomateriais devido à sua semelhança química e estrutural com a bioapatita, presente em abundância na fase mineral<br>de ossos e dentes. Esses materiais apresentam excelente biocompatibilidade e comportamento bioativo, permitindo altos<br>níveis de osseointegração e osteocondução. O fosfato de cálcio tem sido extensivamente estudado e utilizado em<br>aplicações que abrangem todo o sistema esquelético, como reconstrução craniofacial e defeitos ósseos. Cerâmicas porosas<br>de fosfato de cálcio podem até servir como transportadores úteis para a liberação de diferentes compostos nelas<br>incorporados, como hormônios, vacinas, antibióticos e medicamentos com atividade anticancerígena, incluindo<br>compostos radioativos. E outra aplicabilidade da biomateriais poliméricos, são em enxertos de pele com biopolimeros<br>que desenvolvem um papel de uma camada de pele (derme). O presente trabalho tem como objetivo uma revisão<br>bibliográfica sobre os biomateriais são uma das formas menos invasivas e mais eficientes para procedimentos cirúrgicos<br>de qualquer natureza, fazendo com que sejam um meio menos oneroso, podendo que haja um menor risco de rejeição,<br>ocorra mais rápido a recuperação do local aplicado do biomaterial, fazendo com não haja a proliferação de<br>microrganismos, e que que possa ocorrer o estimulo para a formação tecidual.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; José de Medeiros Dantas Neto Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; José de Medeiros Dantas Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10170 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Hipersensibilidade alimentar em cães e a sua correlação à dermatopatia imunomediada: revisão de literatura https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10180 <p><span class="fontstyle0">A hipersensibilidade alimentar pode afetar animais de diversas faixas etárias, levando em consideração que mais de um<br>terço dos casos são de animais jovens, com idade inferior a um ano. Essa afecção não apresenta predileção sexual e pode<br>apresentar-se de forma mais recorrente em filhotes que passaram pelo processo de desmame precoce, visto que estes ainda<br>estão sendo introduzidos no desenvolvimento de maturidade intestinal, dessa forma, ocorre a facilitação da passagem de<br>partículas com efeito antigênico por meio da mucosa, predispondo a sensibilização do animal. Após ultrapassar a barreira<br>intestinal, as partículas mencionadas entram em contato com o tecido linfoide, liberando a reação imunológica. Ao entrar<br>em contato com a substância do alérgeno, ocorre a produção das imunoglobulinas IgE específicas, fixando-as a<br>mastócitos, que quando em contato com o alimento causador, induzem a degranulação mastocitária. Vale salientar que a<br>IgE não é a única imunoglobulina envolvida, pois existem relatos de quadros de hipersensibilidade alimentar menos<br>frequentes com envolvimento de IgG. A degranulação desses mastócitos atua liberando diversas citocinas inflamatórias:<br>histamina, serotonina e cininas. Os alimentos mais comuns relacionados a esta afecção são compostos por carne bovina,<br>trigo, ovo, milho, frango e derivados de leite. Dentre estes, os alérgenos mais comuns nos cães tratam-se da carne bovina,<br>leite e frango, respectivamente. O quadro clínico da alergia alimentar pode predispor alterações em vários sistemas<br>orgânicos, podendo causar sinais clínicos gastrointestinais e dermatopatias de longa duração, estes são os sinais mais<br>comuns nos pacientes. Nota-se uma alta frequência de animais acometidos predisponentes a otite, de forma unilateral ou<br>bilateral, onde o principal agente etiológico envolvido é a </span><span class="fontstyle2">Malassezia pachydermatis</span><span class="fontstyle0">. A maior parte das lesões cutâneas<br>apresentadas são advindas de automutilação por parte do animal e acompanhadas de infecções secundárias: descamação,<br>hiperpigmentação, liquenificação e alopecia em diversas localizações. O diagnóstico exige paciência e disciplina tanto<br>por parte do quadro clínico apresentado pelo paciente como também do tutor. Visando a investigação e exclusão dos<br>diagnósticos diferenciais que incluem atopia, hipersensibilidade a saliva de pulgas, presença de ectoparasitas,<br>hipersensibilidade de contato, malasseziose primária e piodermite bacteriana. Para auxiliar no diagnóstico, os exames<br>complementares indicados são os de raspado cutâneo, teste micológico, coproparasitológico, citologia, tricograma, cultura<br>micótica, cultura bacteriana e histopatológico. Após realizar o descarte dos diagnósticos diferenciais, para obter o<br>diagnóstico da hipersensibilidade alimentar, deve-se introduzir a dieta de eliminação associada posteriormente, a dieta<br>provocativa, sendo esta utilizada como padrão ouro atualmente. O uso de testes sorológicos para IgE específica raramente<br>apresenta resultado confiável, visto que o indivíduo pode apresentar aumento de IgE específica sem aumento de IgE total<br>no sangue, fazendo com que a sua aplicação seja limitada na fase de diagnóstico, por apresentarem baixa sensibilidade.<br>Uma das melhores alternativas para diagnóstico atualmente é o Prick Teste, realizado de forma rápida e indolor que<br>quando utilizado em conjunto a teste de alergia de contato, como o Patch Teste, apresenta uma alta sensibilidade aos<br>extratos testados e possui valor preditivo negativo, além de ajudar a estabelecer os alimentos que irão compor a dieta de<br>eliminação do paciente. O tratamento compreende a exclusão dos alérgenos indutores da hipersensibilidade na<br>alimentação do paciente. Deve-se realizar a estabilização dos sinais secundários. Pode-se utilizar fármacos como a<br>prednisolona ou oclacitinib na fase inicial do diagnóstico, para controle do prurido. No entanto, ao fazer uso desses<br>fármacos e de antibióticos para o tratamento de infecções bacterianas secundárias é preciso realizar a descontinuação das<br>suas administrações duas semanas antes do animal retornar para uma nova avaliação, visando evitar possíveis erros no<br>diagnóstico. Caso o animal tenha apresentado quadro positivo no teste de eliminação após a utilização de dieta<br>hipoalergênica, deve-se prosseguir com a sua ingestão. Também pode-se utilizar dietas caseiras balanceadas como forma<br>de alimentação natural permanente.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Andressa Sampaio da Silveira Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Andressa Sampaio da Silveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10180 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Potencial zoonótico do Ophidascaris robertsi e sua relevância para a medicina veterinária https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10185 <p><span class="fontstyle0">Concomitantemente à crescente interação entre seres humanos e animais silvestres, emerge-se a preocupação da<br>incidência de doenças de caráter zoonótico. A descoberta científica mais recente, publicada na revista “</span><span class="fontstyle2">Emerging<br>Infectious Diseases</span><span class="fontstyle0">", na edição de setembro de 2023, refere-se ao achado de um exemplar de </span><span class="fontstyle2">Ophidascaris robertsi </span><span class="fontstyle0">no<br>cérebro de uma australiana de sessenta e quatro anos de idade. O incidente despertou a atenção, tanto da comunidade<br>científica como da população em geral, para o déficit de estudos dedicados à investigação de parasitas ofídicos<br>potencialmente patogênicos à espécie humana, além de medidas profiláticas capazes de impedir que esses eventos<br>isolados venham a se tornar uma questão cotidiana. Nessa perspectiva, a presente pesquisa objetivou investigar, em<br>material teórico, estudos que contemplassem a biologia do </span><span class="fontstyle2">Ophidascaris robertsi</span><span class="fontstyle0">, com foco em seu ciclo evolutivo, de<br>modo a elucidar a importância desse parasita no âmbito das ciências médicas veterinárias. Os representantes do gênero<br></span><span class="fontstyle2">Ophidascaris </span><span class="fontstyle0">(Baylis, 1921) são nematódeos heteroxenos de corpo mais ou menos cilíndrico, coloração geralmente<br>branco-amarelada, e cutícula estriada transversalmente com extremidades atenuadas, cujo comprimento pode atingir<br>grandes dimensões que variam desde 34 a 152 mm nos machos e 38 a 181 mm nas fêmeas. </span><span class="fontstyle2">Ophidascaris robertsi<br></span><span class="fontstyle0">(Sprent &amp; Mines, 1960) é uma espécie de nematódeo que normalmente detém tropismo gastrointestinal, sendo<br>encontrada em condições naturais no endotélio esofágico e/ou gástrico de diversas espécies selvagens em Queensland,<br>na Austrália. Uma ampla variedade de hospedeiros intermediários é observada no ciclo de vida do </span><span class="fontstyle2">O. robertsi</span><span class="fontstyle0">, contudo,<br>o desenvolvimento do parasita está diretamente ligado à espécie infectada, ocorrendo de forma completa em roedores e<br>marsupiais, como rato-do-mato (</span><span class="fontstyle2">Rattus fuscipes assimilis)</span><span class="fontstyle0">, bandicoots (</span><span class="fontstyle2">Isoodon macrourus </span><span class="fontstyle0">e </span><span class="fontstyle2">Perameles nasuta</span><span class="fontstyle0">),<br>phascogale (</span><span class="fontstyle2">Phascogale tapoatafa</span><span class="fontstyle0">) e gambá-orelhudo (</span><span class="fontstyle2">Trichosurus caninus</span><span class="fontstyle0">). Esses são hospedeiros intermediários e<br>presas naturais da píton-tapete (</span><span class="fontstyle2">Morelia spilota</span><span class="fontstyle0">), até então, considerada a única hospedeira definitiva para a forma<br>adulta madura do parasita. A serpente infectada libera em suas fezes ovos de </span><span class="fontstyle2">O. robertsi </span><span class="fontstyle0">contendo larvas de segundo<br>estágio, as quais podem alcançar diversos herbívoros vertebrados e invertebrados – que atuam como hospedeiros<br>intermediários paratênicos primários. Esses, ao serem predados, transferem as larvas para os hospedeiros intermediários<br>paratênicos secundários, representados por répteis, aves e mamíferos predatórios, incluindo roedores e marsupiais<br>predados pela píton-tapete. Um crescimento ou desenvolvimento adicional do parasita é observado no fígado de aves e<br>mamíferos, nos quais completa a segunda muda, alcançando o terceiro estágio larval; porém, sem atingir o comprimento<br>necessário para efetuar a terceira muda, que ocorre exclusivamente em répteis. A presença de parasitas adultos imaturos<br>foi observada em diversos lagartos infectados experimentalmente, como lagarto sem pernas (</span><span class="fontstyle2">Lialis burtonis</span><span class="fontstyle0">) e lagarto<br>de língua azul (</span><span class="fontstyle2">Tiliqua scincoides</span><span class="fontstyle0">); no entanto, nenhuma dessas espécies foi registrada como hospedeiro natural para </span><span class="fontstyle2">O.<br>robertsi</span><span class="fontstyle0">, sugerindo uma especificidade ecológica e fisiológica que restringe o amadurecimento sexual do parasita, até o<br>momento, à </span><span class="fontstyle2">M. spilota</span><span class="fontstyle0">. Diante do exposto, infere-se, como apontado por Petter (1960), a possível atuação do ser<br>humano como hospedeiro intermediário paratênico primário no ciclo do </span><span class="fontstyle2">O. robertsi</span><span class="fontstyle0">, adquirindo o terceiro estágio larval<br>do parasita a partir da ingestão de alimentos contaminados com fezes de serpentes. A detecção deste parasita em um ser<br>humano sublinha a necessidade de compreender melhor sua biologia, ciclo de vida e mecanismos de transmissão. Ao<br>fazê-lo, fornece-se insumos para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle mais eficazes, mitigando os<br>riscos para a saúde humana e a conservação da fauna silvestre.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; André Luiz do Bú Lucena Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; André Luiz do Bú Lucena https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10185 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Tendinite em Equinos- Tratamento com Técnicas Terapêuticas https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10191 <p>A tendinite é o processo inflamatório dos tendões, quando há esforço exagerado de extensão, causa perdas econômicas diretas e muitas vezes pode ser o fim da vida atlética do animal. Causando distensão das fibras e, reação inflamatória, chegando a ser dolorosa e severa no local acometido. As tendinites ocorrem em maior frequência no tendão flexor digital superficial (TFDS), e resultam em prejuízo econômico significativo para os proprietário. Os sinais clínicos como claudicação, edema, aumento de temperatura, dor a palpação, mesmo que superficial, se iniciam logo após o trauma. O diagnóstico a anamnese completa, exames físicos e exames complementares, como a ultrassonografia, radiografia, bloqueio perineural e a termografia, sendo o ultrassom o mais comum e com maior relevância para essa lesão. No tratamento é de fundamental importância a limitação do processo inflamatório, controle da dor, prevenção de lesões adicionais e início do tratamento imediato, fazendo com que o cavalo retorne ao seu nível atlético anterior e também evitando recidivas. Recentes avanços na medicina equina vem ganhando destaque como a técnicas terapêuticas, sendo eficaz mediante a cada caso. Tratamento com ultrassonografia terapêutica, exercícios controlados e laser terapia, crioterapia vem sendo alternativas vaiáveis e vem chegando a resultados satisfatórios. Na clínica Equestre, situada na cidade de Lagoa de Roça, PB, casos de tendinites foram acompanhados por alunos do Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) P9 da FRCG no período de 40 dias. Durante o período de estagio pode ser acompanhado 2 casos de Equinos com tendinite. Os animais foram tratados através de protocolos terapêuticos por secções de ultrassom terapêutica e laser terapia, as seções eram feitas em dias alternados, e logo após cada seção terapêutica os animais eram submetidos a massagens com DM gel na região afetada, alongamento, aplicação de anti-inflamatórios e caminhadas. Com os tratamentos adotados pode-se observa a melhora significativa de cada animal tratado. Pois a técnica de ultrassom terapêutica mostrou satisfatório melhorando o processo de cicatrização da lesão, sendo constatado através exames com ultrassom, com a comparação do início do tratamento e seu progresso através da técnica de tratamento aplicada. Assim como a laser terapia que foi eficaz seus efeitos anti-inflamatórios e analgésicos diminuendo o edema, melhorando de forma significativa o tecido lesionado. Podemos assim concluir que o caso clínico de tendinite utilizando técnicas terapêuticas foram eficazes a esses casos clínicos.</p> Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Rhayssa Vieira Soares Da Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10191 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Efeitos da Leishmaniose Visceral, sua Importância e Cuidados com a Saúde Pública: Um Alerta para População https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10173 <p><span class="fontstyle0">A leishmaniose visceral (LV) é uma doença do interesse de saúde única sendo uma protozoonose causada por<br>protozoários e que pode ser transmitida para o humano, tendo como vetor os mosquitos </span><span class="fontstyle2">Flebotomíneos </span><span class="fontstyle0">(mosquitos<br>palha), família Trypanosomatidae, do gênero </span><span class="fontstyle2">Leishmania </span><span class="fontstyle0">e </span><span class="fontstyle2">Leishmania infantum </span><span class="fontstyle0">que faz parte do complexo </span><span class="fontstyle2">Leishmania<br>denovoni</span><span class="fontstyle0">, tendo o período de incubação de 10 a 24 dias. Está presente em todo o nosso continente, 500.000 casos no<br>mundo, 59.0000 óbitos, 200 milhões de indivíduos com risco de adoecer. Países mais afetados: Brasil Etiópia, Brasil,<br>Somália, Sudão do Sul e Sudão no ano de 2014 concentravam 90% casos. No ano de 2013 a 2017 houveram 18.733<br>casos, tendo uma média 3.746,6 por ano no Brasil. 2013 com 3472 casos; 2014 com 3733 casos; 2015 com 3558 casos;<br>2016 com 3455 casos; 2017 com 4515 casos. A região nordeste houveram 10.635 casos (56,77%). Uma vez que<br>acomete o animal não existe cura, mas em seres humanos há tratamento. A mesma classifica-se como uma doença<br>tropical negligenciada (DTN), de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), porém, é uma doença de<br>presente a nível mundial. Tem as seguintes evoluções: crônica, sistêmica e fatal. Como o nome sugere tem tropismo por<br>vísceras. O diagnóstico pode ser realizado através de testes sorológicos (ELISA E RIFI), tratamento em humanos é por<br>meio de antimónios pentavalentes. Entretanto, em caso de cães acometidos, o tratamento não tem a mesma eficácia,<br>quanto para o humano. O continente sul-americano é bastante afetado, devido às condições climáticas que favorecem<br>aos vetores, que estão adaptados as nossas condições. O Brasil concentra 90% dos casos de LV da América do Sul, a<br>região mais afetada é a região nordeste, principalmente as que apresentam precariedade nos cuidados com a higiene<br>local. Regiões que possuem incidência de matas e arborização são as mais afetadas, fatores sociais contribuem também<br>para o desenvolvimento desta DTN. Existem estimativas que para cada caso em humano existam pelo menos 200<br>animais infectados. Número de animais errantes que habitam na rua também é um fator preocupante para a saúde.<br>Animais acometidos com a doença servem como reservatório para esses mosquitos realizaram o repasto sanguíneo.<br>Uma estratégia utilizada é a castração desses animais errantes para diminuir a população em estado de abandono. A<br>prática da eutanásia é de total responsabilidade do médico veterinário sendo de acordo com a resolução de n° 714, de 20<br>de julho de 2002. Sendo bastante discutida por questões de ética dividindo a opinião da população, até mesmo dos<br>profissionais, lembrando, sempre respeitando a legislação. Nenhum tutor é obrigado a entregar o animal para ser<br>eutanasiado, caso o tutor se comprometa em arcar com as exigências do tratamento paliativo da LV, e o mesmo possua<br>as responsabilidades, sendo esse animal assistido por um veterinário, ele pode manter o animal em convívio. Ao optar<br>pela eutanásia, o descarte das carcaças desses animais devem ser resíduos de serviço de saúde, obedecendo á resolução<br>RDC n° 33 de 25 de fevereiro de 2003, da agência nacional de vigilância sanitária. O destino dos corpos desses animais,<br>com esta zoonose, é o acondicionamento em valas comuns de aterros sanitários. Por ser um tema bastante discutido as<br>resoluções e leis, estão sempre sendo alteradas, buscando sempre o equilíbrio, entre homem, animal e meio ambiente,<br>para atender a todos e ser mais igualitário possível.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Thiago Andrade Valdivino Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Thiago Andrade Valdivino https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10173 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 O Tubarão-Tigre: Uma Espécie Vulnerável Diante de Preconceito e Ameaças https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10183 <p><span class="fontstyle0">Conhecidos por suas listras verticais escuras, em um corpo que pode atingir em até 5 (cinco) metros de comprimento e<br>pesar mais de 600 (seiscentos) quilos, o Tubarão-Tigre (Galeocerdo cuvier), também conhecido como Tintureira, são<br>encontrados em águas tropicais e subtropicais ao redor do mundo, frequentemente nadando próximos à costa. Pertencentes<br>à classe Chondrichthyes, fazem parte do grupo Elasmobrânquios – uma superordem de peixes cartilaginosos que inclui<br>tubarões, raias e quimeras –, e são considerados como predadores de alta estirpe da cadeia alimentar por influenciar<br>diretamente no ecossistema marinho e no seu controle populacional devido sua dieta diversificada, que inclui<br>invertebrados, como caranguejos e moluscos, e vertebrados, como outros tubarões, tartarugas marinhas, raias, peixes<br>ósseos e grandes mamíferos marinhos. No Brasil, essa espécie atinge em média 3,0 (três) a 4,0 (quatro) metros de<br>comprimento, estando presente em toda a região costeira, principalmente, Norte e Nordeste. As fêmeas são capazes de<br>gerar uma média de 32, 6 (trinta e dois vírgula seis) filhotes, sendo a única espécie com reprodução ovovivípara ou<br>vivipara aplacentária. No entanto, apesar da importância ambiental acima citada e de uma ninhada de filhotes vasta, esses<br>animais estão listados como quase ameaçados de extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza<br>(IUCN), e amplamente isso se deve à pesca indiscriminada, perda do seu habitat natural e mudanças climáticas. Através<br>do estudo científico, a falsa percepção desses animais como uma ameaça, irresponsavelmente sustentada pela mídia<br>jornalística e artística, nos proporciona uma visão clara de quem é a real vítima no cenário ambiental quando em cheque<br>a relação homem versus tubarão. Além da pesca comercial e recreativa, entre o litoral de Pernambuco e a bacia do<br>Amazonas há registros de cerca de 50% (cinquenta por cento) de captura acidental de elasmobrânquios para pesca de<br>atum, resultando em 144 (cento e quarenta e quatro) toneladas por ano entre 1985-1990, com um vácuo muito grande do<br>registro de atividades recentes. Em contrapartida, nesse mesmo lapso temporal houveram 67 (sessenta e sete) incidentes<br>com humanos e tubarões, dentre os quais apenas 26 (vinte e seis) foram fatais. Desse modo, notadamente o tubarão-tigre<br>enfrenta preconceitos enraizados na população em geral, que são levadas à perseguições e caças desnecessárias, o que<br>diminui a importância da visibilidade de sua preservação. Quando especificamos essa questão para o contexto do<br>Nordeste, vale ressaltar a importância do arquipélago de Fernando de Noronha para a manutenção da diversidade genética<br>dessa espécie, uma vez que essa região é considerada como um potencial santuário ao se estudar a gama de diferentes<br>genomas da espécie presentes nesse território – dito como um ponto intenso de convergência que abrange a trajetória de<br>migração de diversas populações deste animal ao redor do globo, atribuído às características locais e propícias do<br>arquipélago. Logo, com base nesses dados, o presente trabalho visa desmistificar os estereótipos prejudiciais e promover<br>a educação pública sobre a importância desses animais para o ecossistema marinho.</span></p> Thyago Araújo Gurjão; Arthur Queiroga Meneses Oliveira Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão; Arthur Queiroga Meneses Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10183 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300 Simulador de alça intestinal para treinamento da técnica de enterotomia, como método complementar no ensino de técnica cirúrgica veterinária https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10188 <p><span class="fontstyle0">A formação do acadêmico em medicina veterinária exige que se obtenha uma boa execução de técnicas e habilidade<br>cirúrgicas, onde algumas alternativas são utilizadas rotineiramente, como por exemplo simuladores, cadáveres entre<br>outros, buscando sempre colocar em prática o que foi visto em aulas teóricas. Por ser uma complexa área na medicina<br>veterinária, ela envolve conceitos teóricos e práticos, estes relacionados à técnica operatória e suas fases fundamentais,<br>dentre os quais o desenvolvimento de habilidades é considerado essencial, nesse contexto os métodos alternativos para<br>ensino da cirurgia veterinária, entra com grande importância e é possível que se aplique as técnicas sem o uso de<br>cirurgias experimentais ou uso de peças molhadas que muitas vezes são de difícil acesso. Nesse contexto foi<br>desenvolvido um simulador que foi construído utilizando materiais simples e de baixo custo. Primeiro, uma liga de látex<br>foi fechada em ambas as extremidades, uma delas com um protetor de conector de luer e a outra com uma tampa<br>protetora de ponta perfurante, ambos reutilizados de um equipo médico. Em seguida, 7 ml de água foram adicionados a<br>essa liga de látex através de uma seringa de 20 ml, junto com uma "bolinha metálica" para simular um corpo estranho.<br>Após garantir que a liga de látex não apresentava vazamentos, uma extremidade foi fixada em uma tábua de madeira<br>usando fita adesiva, enquanto a outra extremidade foi fixada com fita adesiva dupla face, proporcionando uma boa<br>extensão para a prática da enterotomia. O simulador montado foi então posicionado em uma bancada para iniciar o<br>procedimento simulado. O procedimento começou com a criação de um campo estéril, simulando uma das fases da<br>técnica cirúrgica real. Com a assistência de um auxiliar, a liga de látex foi posicionada transversalmente para facilitar a<br>identificação do corpo estranho. Utilizando um bisturi nº 22, uma incisão foi feita cranialmente ao corpo estranho, e<br>com o auxílio de uma pinça hemostática e uma pinça anatômica, o corpo estranho foi removido. Finalmente, para<br>concluir a simulação, foi realizada a sutura com fio de nylon nº 4-0 usando o padrão de sutura simples contínuo. Este<br>simulador oferece uma oportunidade prática de treinamento para estudantes de medicina veterinária, permitindo que<br>desenvolvam habilidades cirúrgicas essenciais em um ambiente simulado antes de lidar com casos reais em animais.<br>Além disso, sua construção econômica e facilidade de transporte o tornam uma ferramenta valiosa para práticas<br>educacionais.</span></p> Thyago Araújo Gurjão Copyright (c) 2023 Thyago Araújo Gurjão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10188 Sun, 22 Oct 2023 00:00:00 -0300