Fazenda Acauã: memórias do semi arido da Paraiba - Brasil

Autores

  • Viviane Almeida Pires
  • Helmara Giccelli Formiga Wanderley Junqueira
  • Francisco Benedito de Araujo
  • Aline Carla de Medeiros
  • Patricio Borges Maracaja Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas - Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba http://orcid.org/0000-0003-4812-0389

Resumo

O presente estudo foi desenvolvido com a finalidade de analisar os elementos que contribuem para preservação da memória do Patrimônio da Fazenda de Acauã. O objetivo consiste em analisar a importância das representações das memórias de uma antiga moradora da fazenda, como “guardiã” de uma memória histórica fundamental para a sociedade aparecidence. Acerca desse contexto, a seguinte indagação moveu essa pesquisa: Como a história e a memória do monumento possibilitaram a construção da cultura da sociedade aparecidense e de sua identidade? Como referencial teórico nos basearemos nas discussões de Choay (2006) para abordarmos a ideia de patrimônio; Gomes (190) para pensarmos o uso do termo “guardiã da memória”; Diehl (2002), a fim de tratarmos do processo de desgaste da memória; Le Goff (1990) no que se refere as discussões acerca de memória e monumento. Trabalhamos com a História Oral, a partir da realização de entrevistas, fundamentando-nos em Delgado (2003). Utilizando-se do método estudo de caso, esta pesquisa enquadra-se como bibliográfica, documental e qualitativa, por demonstrar melhor os elementos da proposta do trabalho realizado. O trabalho foi executado mediante o aporte de documentos, bem como da oralidade, particularmente, com entrevista realizada com os agentes que buscam evidenciar a memória da fazenda Acauã. Conclui-se que, as ações desenvolvidas pelos grupos Pontos de Cultura Caminhos de Acauhan e Acauã Produção Cultural são importantes para manter viva a construção da memória do Patrimônio Fazenda Acauã.

 

Biografia do Autor

Patricio Borges Maracaja, Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas - Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1981) e Doutorado em Agronomia pela Universidade de Córdoba (UCO) - Córdoba Espanha (1995) convalidado pela USP/ESALQ como Doutor em Ciencias : Entomologia e Estágio de Pós Doutorado em Plantas Toxicas para abelhas (Apicultura) na UNESP/CEIS - Rio Claro - SP. em 2005-2006 e possui a segunda Graduação em Licenciatura em Teologia pelo CENPRAC da Diocese de Santa Luzias em Mossoró - RN (2007). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande - PB - BRASIL.

Referências

ABREU, J. C. Capítulos de história colonial: 1500-1800. Os caminhos antigos e povoamento do Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982.

ABREU, W. Senhores e escravos do Sertão: espacialidades de poder, violência e resistência, 1850-1888. 2011. 207p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande, 2011.

ALBERTI, V. Ouvir e contar: textos em história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

ALVES, Angelita Carla Pereira, SOUSA, Dominick Frarias de. A Guerra dos Bárbaros na Capitania Real da Paraíba. In: TARAIRIÚ – Revista Eletrônica do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, Campina Grande, Ano III – Vol. 1 – Número 04 – Abr/Mai de 2012.

ARANTES, A. A. Patrimônio cultural: desafios e perspectivas atuais. In: Patrimônio imaterial: política e instrumentos de identificação, documentação e salvaguarda. Brasília: Unesco: IPHAN: Minc, 2008.

BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

BRANDÃO, U. C. S. A Confederação do Equador. Recife: Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, 1924.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

CABRAL, A. K. P. Políticas de Preservação do Patrimônio Histórico no Brasil e na Paraíba: o IPHAN, o IPHAEP e o Turismo Cultural. Disponível em: <http://www.carlamaryoliveira.pro.br/artigo_ana_cabral.html>. Acesso em: 23 nov. 2015.

CEBALLOS, R. Veredas Sertanejas da Parahiba do Norte: a formação das redes sociais, políticas e econômicas no Arraial de Piranhas (século XVIII). In: XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH: 50 anos. São Paulo: ANPUH-SP, 2011. v. 01.

CHOAY, F. A alegoria do patrimônio. 3. ed. São Paulo: Editora da UNESP, 2006.

DIEHL, A. A. Cultura historiográfica: memória, identidade e representação. Bauru: Edusc. 2002.

FERREIRA, M. L. M. Patrimônio: discutindo alguns conceitos. Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 10, n. 3, p. 79-88, 2006.

GUEDES, P. H. M. q. A colonização do sertão: agentes produtores do espaço e contatos interétnicos (1650-1730). Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa: 2006.

GOMES, Â. C. A guardiã da memória. Acervo - Revista do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, 1996, v.9, n.º 1/2, p. 17-30.

HALBWALCHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/. Acesso em: 01 set. 2019.

LE GOFF, J. História e memória. Campinas: Unicamp, 1990.

LIVROS DE SESMARIAS (1717/1768, 1768/1776, 1789/1808, 1816/1824) – AHEPB/Fundação Espaço Cultural – João Pessoa, Paraíba.

MARTINS, J. C. O. Tempos sociais acelerados, patrimônio cultural em risco. In BRASILEIRO, Maria Dilma Simões; MEDINA, Júlio César Cabrera; CORIOLANO, Luzia Neide. (Orgs). Turismo, cultura e desenvolvimento. Campina Grande: EDUEPB, 2002.

,0MARTINS, J. V. O reino encantado do sertão: uma crítica da produção intelectual e o fechamento da representação do sertão no romance de Ariano Suassuna. 2011. 207f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação em História, Natal, 2011.

MOREIRA, E. Evolução do Processo de produção do Espaço Paraibano. João Pessoa, Cadernos do NDIHR, n. 23. 1990.

MOREIRA, E.; TRAGINO, I. Capítulos de geografia agrária da Paraíba. João Pessoa: Editora Universitária, 1997.

NOIRTIN, C. R. F. F. Tombamento como precípuo mecanismo de proteção do patrimônio cultural material nacional. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/agencia/images/documentos/artigo-tombamento-sao-felix.pdf. Acesso em: 20 ago. 2019.

OLIVEIRA, Almir Félix Batista de. Memória, história e patrimônio histórico: políticas públicas e a preservação do patrimônio histórico. Dissertação (Mestrado em História). Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2002.

ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

PEREIRA, J. A. A Lendária Fazenda Acauã. – Teresina: Ed. do autor, 2014.

PORDEUS, T. A segunda conquista da Paraíba: o Sertão. In: MELLO, J. O. A. (Orgs.). Capítulos da História da Paraíba. Campina Grande: Grafset, 1987.

PELEGRINI, S. Cultura e natureza: os desafios das práticas preservacionistas na esfera do patrimônio cultural e ambiental. Revista Brasileira de História, São Paulo 2006, v. 26, n. 51, p. 115-140.

POLLAK, M. Memória e Identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212.

SEIXAS, W. O velho arraial de Piranhas (Pombal). 2. ed. rev. ampl. João Pessoa: Grafset, 2004.

SITES CONSULTADOS

http://api.convenios.gov.br/siconv/dados/proposta/1577978.html#sthash.BssbfScs.dpuf

http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista_Bens_Tombados_pelo_Iphan_%202015.pdf

http://sertaoinformado.com.br/conteudo.php?id=11630

http://fabiomozart.blogspot.com.br/2011/04/radio-comunitaria-acaua-defende-raizes.html

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/872

https://www.youtube.com/watch?v=cjIwhKWIy1A

http://www.iteia.org.br/acaua1

http://caminhosdeacauan.blogspot.com.br/2009/10/ponto-de-cultura-caminhos-de-acauhan_20.html

http://www.iteia.org.br/fazenda-acaua-ganha-ponto-de-cultura

Downloads

Publicado

2020-07-12

Como Citar

Pires, V. A., Junqueira, H. G. F. W., Araujo, F. B. de, Medeiros, A. C. de, & Maracaja, P. B. (2020). Fazenda Acauã: memórias do semi arido da Paraiba - Brasil. Revista Brasileira De Filosofia E História, 9(1), 63–82. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RBFH/article/view/8285