Ailton Francisco dos Santos et al.


ARTIGO CIENTÍFICO

Produtividade da palma forrageira em aleias com Gliricídia sepium sob adubação orgânica em diferentes espaçamentos no Semiárido

Productivity of forage nopal in alley cropping of gliricídia under organic fertilization and different spacings in semi-arid conditions

Ailton Francisco dos Santos1, Aldrin Martin Perez-Marin2, Maria Iza de Arruda Sarmento3*

1Dr. Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Campina Grande. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba. E-mail: ailton.agronomo@gmail.com; 2Pesquisador do Núcleo de Desertificação e Agroecologia do Instituto Nacional do Semiárido e Prof. Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal da Paraíba, Areia, Paraíba.. E-mail: aldrin.perez@insa.gov.br; 3Graduada em Tecnologia em Agroecologia, mestranda do Programa de Pós-graduação em Solos e Qualidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. E-mail: izasarmento1@gmail.com

Recebido para publicação em 29/04/2018; aprovado em 22/06/2018

Resumo: No Semiárido brasileiro, a pecuária é uma das principais atividades econômicas. No entanto, a produção de biomassa pelas forrageiras é instável ao longo do tempo, pela irregularidade das chuvas, causando um desequilíbrio entre a oferta e demanda de forragem para alimentar os rebanhos. Uma das estratégias para contornar essa problemática diz respeito ao cultivo de Palma forrageira em consorcio com espécies arbóreas leguminosas. O presente trabalho foi realizado na Estação Experimental do Instituto Nacional do Semiárido e objetivou-se avaliar o efeito do espaçamento e adubação orgânica, sobre o crescimento e produtividade da palma forrageira em sistema de cultivo de aléias com Gliricídia sepium. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, em arranjo fatorial 3 × 4, sendo três espaçamentos (2 × 1 m; 1 × 1 m e 1 × 0,5 m) e quatro adubações (substâncias húmicas, algas marinhas, bocashi e controle), com quatro repetições, totalizando 48 unidades experimentais. As maiores produtividades, incremento corrente anual e o incremento médio anual da palma foram obtidas com o espaçamento 1 × 0,5 m. As adubações orgânicas, não influenciaram significativamente na produtividade da palma. Somando-se a forragem produzida pela gliricídia mais a biomassa produzida da palma forrageira, o sistema de cultivo em aléias, produziu anualmente, em média 7,3 t ha-1 de biomassa e 14,2 st de lenha, tornando este sistema em um excelente banco de proteína e fonte de energia, como estratégia para promover maior estabilização na produção de biomassa para alimentação animal.

Palavras-chave: Sistema de cultivo agroflorestal; Terras secas; Sustentabilidade.

Abstract: In the Semi-Arid region of Brazil, livestock farming is one of the main economic activities. However, the production of biomass by fodder is unstable over time due to irregular rainfall, causing an imbalance between the supply and demand of fodder to feed the herds. One of the strategies to circumvent this problem concerns the cultivation of forage palm in a consortium with leguminous tree species. The present work was carried out at the Experimental Station of the National Semiarid Institute and had the objective of evaluating the effect of spacing and organic fertilization on the growth and productivity of the forage palm in a system of alleys cropping with Gliicidia sepium. The experimental design was a randomized block design in a 3 × 4 factorial arrangement, with four replications, three spacing (2 × 1m; 1 × 1m and 1 × 0.5m) and four fertilizations (humic substances, seaweed, bocashi and Control), for 48 experimental units. The highest yields, annual increment and average annual palm increment were obtained in the 1 × 0.5m spacing. Organic fertilization did not significantly influence palm productivity. In addition to the forage produced by the gliricidia to that of the palm, the system of cultivation in alleys produced an average of 7.3 t ha-1 biomass and 14.2 meters of wood, making this system an excellent bank of protein. As a strategy to promote greater stabilization in the production of biomass for animal feed.

Key words: Agroforestry system; Dryalands systems; Sustainability.

INTRODUÇÃO

A atividade agropecuária é a principal fonte de renda para milhões de famílias no semiárido brasileiro devido a sua maior resistência à seca quando comparada às explorações agrícolas, constituindo numa das principais estratégias para a garantia da segurança alimentar, geração de emprego e renda (MENEZES et al., 2005; ARAÚJO; CARVALHO, 2001). Porém, devido à baixa capacidade de suporte animal da vegetação nativa e a limitada área dos estabelecimentos rurais, o desempenho produtivo dos rebanhos é extremamente baixo, principalmente devido à redução da disponibilidade de alimentos no período de escassez hídrica.

Para contornar esse problema no semiárido brasileiro, prevalece o cultivo de duas espécies de palma forrageira, Opuntia fícus indica (L.) Mille com as cultivares redonda, gigante e o clone IPA 20 e a Nopalea cochenilifera (L.) Salm Dyck cuja cultivar é a palma miúda ou doce. Estas espécies se têm constituído ao longo dos anos, especialmente nos períodos de grandes secas nas principais ofertas hídricas e forrageiras dos rebanhos da região semiárida do Brasil (EDVAN et. al., 2013; SILVA; SANTOS, 2006; RAMOS et al., 2011). No entanto na maioria dos cultivos da palma forrageira, tem sido implantado de forma exclusiva, ou seja, em monocultivo, dispensando as práticas de manejo e tratos culturais (ex. adubação, espaçamentos, consórcios).

Desta maneira é premente o desenvolvimento de estratégias de manejo da palma, que possam contribuir para o incremento da produção de forragem na região. Uma dessas estratégias são os sistemas agroflorestais, como o cultivo em aléias com Gliricidia sepium, leguminosa arbórea resistente à seca que vem sendo cultivada como fonte de forragem e lenha em propriedades rurais da região semiárida. Este sistema pode ser capaz de amortizar os efeitos negativos da alta variabilidade da precipitação pluviométrica, aumentar ou estabilizar a disponibilidade de forragem (PEREZ-MARIN et al., 2007).

O sistema em aléias consiste no plantio de árvores ou arbustos, geralmente, leguminosas, em fileiras suficientemente espaçadas entre si para permitir o plantio de culturas agrícolas entre elas (SANCHEZ, 1995). O manejo desse sistema é baseado em cortes periódicos da parte aérea das espécies arbóreas, comumente entre dois a três cortes por ano e na utilização da biomassa na alimentação animal ou para incorporação ao solo como adubo verde. As árvores ou arbustos perenes presente nesse sistema, ao contrário das herbáceas e culturas anuais, podem explorar nichos de nutrientes e água em camadas mais profundas e são capazes de parar o crescimento em períodos de seca e retoma-lo rapidamente nos momentos de umidade favorável (VAN NOORDWIJK et al., 1996; MOKENNEN et al., 1997; ROWE et al., 1999; GATHUMBI et al., 2003). Isto é particularmente relevante nos agroecossistemas da região semiárida que funcionam de acordo com os pulsos de disponibilidade de recursos, controlados fortemente pela disponibilidade de água (ANDRADE et al., 2006; ANDRADE et al., 2010).

Entretanto, no semiárido brasileiro existem poucos dados quanto a avaliação desses processos em sistema de cultivo de palma forrageira consorciado com espécies arbóreas. Sendo assim, com este trabalho objetivou-se avaliar a influência do espaçamento e da adubação orgânica sobre o crescimento e produtividade da palma forrageira em sistema de cultivo de aléias com Gliricídia sepium em condições semiáridas.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido na Estação Experimental do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), localizado no município de Campina Grande - PB, no planalto da Borborema, cujas coordenadas são latitude Sul 07º14’00’’ longitude Oeste 35º57’00’’ e altitude de 491 m. De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região é do tipo BSh, denominado de semiárido quente e seco. O período seco é de 8 meses e a precipitação pluviométrica total anual em 2011, 2012 e 2013 foram 396 mm, 385,1 mm e 99,9 mm, respectivamente, com temperaturas médias do ar e umidade relativa de 31,5°C e 78% (Estação Meteorológica, INSA).

O solo na área experimental foi classificado como um Planossolo Nátrico textura arenosa (EMBRAPA, 2013). Para a caracterização química do solo, foram coletadas 10 amostras simples, na camada de 0-20 cm, em cada parcela, para formar uma composta. Em seguida, foram acondicionadas em saco de polietileno e encaminhadas para análises no Laboratório de Fertilidade do Solo da Embrapa Algodão/CNPA. O solo foi seco ao ar, destorroado e passado em peneira de 2 mm, e caracterizado quanto aos teores de Carbono orgânico (CO); Nitrogênio (N) total pelo método Kjeldahl; Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) extraídos com KCl 1 mol L-1 e dosados por espectometria de absorção atômica; Fósforo (P), potássio (K) e sódio (Na) foram extraídos por Mehlich-1, sendo o P determinado por colorimetria e o K e Na, por fotometria de chama; pH em água (1:2,5) (EMBRAPA, 1999), cujos resultados das análises químicas encontram-se na tabela 1.

O experimento foi instalado em uma área de aproximadamente 0,5 ha, na qual foram implantadas, em 2010, fileiras de Gliricídia sepium com espaçamento de 6 m entre fileiras e 1 m entre plantas. De janeiro a dezembro de 2010, a área entre as linhas de árvores foi cultivada com palma forrageira nos espaçamentos 2 × 1 m; 1 × 1 m e; 1 × 0,5 m. Em janeiro de 2011, dentro da área experimental foram demarcadas quatro parcelas de 720 m2 (6 × 120 m), que corresponderam ao tamanho dos blocos. Cada bloco foi subdividido em 12 parcelas, de 60 m² (6 × 10 m), onde foram implementados os quatro tratamentos de adubação orgânica: 1) Aplicação de 4 L ha-1 ano-1 de Substâncias Húmicas (SH); 2) Aplicação de 4 L ha-1 ano-1 de Algas Marinhas (AM); 3) Aplicação de 5 t ha-1 ano-1 de Bocahsi (B) e 4) tratamento controle, sem adubação (T). Os adubos foram aplicados no solo, próximo ao colo das plantas de palma e de gliricídia. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em arranjo fatorial 3 × 4, com quatro repetições, ou seja, três espaçamos vs quatro adubações.

Tabela 1. Atributos químicos do solo na camada de 0-20 cm da área experimental cultivado com Palma Forrageira em aléias de Gliricídia sepium com quatro fontes de adubo orgânico, Campina Grande, PB.

Espaçamento (cm)

Adubação

pH

Ca

Mg

Na

K

SB

H+Al

T

Al

V

P

M.O

H2O

-------------------mmolcdm-3-------------------

%

mg dm-3

g kg-1

2 x 1

Substâncias húmicas

5,8

23,8

11,9

0,6

4,2

40,4

37,8

78,2

2,4

51,8

4,7

10,8

Algas marinhas

5,6

19,2

11,4

0,7

3,1

34,3

38,8

73,1

3

47,5

3,7

11,1

Bocashi

5,7

16,4

9,9

0,5

3,7

30,5

33,4

64

2,5

49,8

2,8

9,8

Controle

5,4

16,7

9,8

0,6

3,2

30,2

29,7

59,9

2,9

52,5

3,5

10,8

1 x 1

Substâncias húmicas

5,5

13,2

8,4

0,4

3,3

25,2

28,9

54,1

2,9

48,8

3,8

10,0

Algas marinhas

5,4

17,1

9,7

0,6

3,1

30,4

34,1

64,4

3

50,0

4,8

12,2

Bocashi

5,3

14,8

9,1

0,6

2,6

27,2

38,3

65,5

4

42,5

3,7

11,3

Controle

5,7

20,8

10,9

0,7

3,3

35,7

26,2

61,9

2,3

59,3

4,4

9,7

1 x 0,5

Substâncias húmicas

5,6

16

14,8

1

2,8

34,5

26,2

60,7

3,5

47,3

18,4

9,0

Algas marinhas

5,4

15,9

7,8

0,4

3,4

27,6

30

57,5

3,6

49,8

3,2

7,5

Bocashi

5,3

17,1

9

0,5

2,5

29,2

33,9

63

3,1

48,5

5,3

11,7

Controle

5,5

13,0

8,2

0,4

2,3

24,2

27

53

14,1

51,0

2,5

9,5


Média

6,0

17,0

10,0

1,0

3,0

31,0

32,0

63,0

4,0

50,0

5,0

10,0

Para avaliar os efeitos dos tratamentos, foram realizadas avaliações de crescimento e produtividade da palma forrageira e da gliricídia. A determinação da produtividade da cultura da palma forrageira foi avaliada aos 24 e 36 meses após o plantio. Sendo mensurado, o número de cladódios por planta (NCP), comprimento (CC), espessura (EC) e largura do cladódio (LC) e com estes dados estimou-se a produtividade da mesma. O método de estimativa de produtividade utilizado foi o descrito por Menezes et. al. (2005), método de estimativa de estoque de palma, onde é levado em consideração, o número de cladódio por planta e o volume dos cladódios (comprimento × largura × espessura) multiplicado pelo fator 0.535, em que 0.535 é um fator de correção resultante da multiplicação do fator de correção da área do cladódio (0,883) pelo peso específico corrigido do cladódio (0,772 g cm-3), pelo valor de π e por ¼, provenientes do cálculo da área da elipse. Os dados foram calculados para toneladas por hectare, tomando como base a densidade de plantas por área. Os dados de produtividade e crescimento foram coletados em quatro plantas de palma escolhidas aleatoriamente dentro de cada repetição, dezesseis plantas por tratamento, cento e noventa e duas plantas no total. As plantas foram identificadas e as leituras feitas anualmente, durante dois anos. Com os dados de produtividade, foi calculado o Incremento Corrente Anual (ICA) e o Incremento Médio Anual (IMA) da palma. Para o cálculo do ICA e IMA foram usadas as seguintes fórmulas:

Sendo: ICA = Incremento Corrente Anual (t ha-1); V’ = Produtividade (t ha-1) medido no ano atual; V = Produtividade (t ha-1) medida no ano anterior.

Sendo: IMA= Incremento Médio Anual (t ha-1); V = Produtividade obtido (t ha-1) em função da idade t (anos);

t = Idade da palma (anos).

Para determinação da produção de biomassa da gliricídia, em 2013, as aléias de gliricídia foram podadas a uma altura de 1,0 m. A quantificação da produção de biomassa foi realizada em cada um dos tratamentos (SH, AM, B e T) das áreas consorciadas com gliricídia e palma. Todas as 20 plantas de cada parcela foram podadas e o peso fresco da biomassa podada foi quantificado. A biomassa produzida pela gliricídia foi agrupada em dois tipos: 1) lenha; e 2) folhas + galhos finos (<1 cm de diâmetro). Sub-amostras desses materiais foram retiradas, pesadas e secas em estufa a 65 ºC até atingir peso constante.

Para interpretar os resultados, os dados foram trabalhados no programa estatístico SAS (versão 9.1.3, 2004) e analisados de acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No primeiro ano, as variáveis, cladódio por planta (NCP), comprimento (CC), largura (LC), espessura do cladódio (EC), e a produtividade da palma não apresentaram diferença estatística (p≤0,05) dentre os tipos de adubação orgânica (Tabela 2). Entre os espaçamentos houve diferenças estatísticas para NCP e a produtividade. O NCP foi maior no espaçamento 2 × 1 m em comparação aos espaçamentos 1 × 1 m e 1 × 0,5 m, enquanto que a produtividade foi 68% maior no espaçamento 1 × 0,5 m em relação ao espaçamento 2 × 1 m. Entre os espaçamentos 1 × 1 m e 1 × 0,5 m não houve diferenças significativas (Tabela 2).

No segundo ano, NCP, não apresentou diferença quanto aos tipos de adubação orgânica nos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m (menos adensados). No espaçamento de 1 × 0,5 m, as parcelas adubadas com substâncias húmicas apresentaram NCP superior as parcelas sem adubação. Entre as adubações algas marinhas , bocashi e testemunha não houve diferenças significativas. Por outro lado, CC foi maior nas parcelas adubadas com bocashi (nos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m. Em relação a LC não houve diferença estatística entre os tratamentos substancias húmicas, algas marinhas, bocashi e testemunha quando aplicados nos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m. No espaçamento 1 × 0,5 m o CL no tratamento substancias húmicas foi superior à testemunha, porém, igual aos tratamentos algas marinhas e bocashi. Quanto a EC, verificou-se que, nas parcelas adubadas com composto bocashi no espaçamento 1 × 1 m, foi 22% superior em comparação aos tratamentos substancias húmicas, algas marinhas e testemunha (Tabela 2). Nos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 0,5 m, os tratamentos de adubação e a testemunha não apresentaram diferenças significativas entre si (Tabela 2). A produtividade não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos substancias húmicas, algas marinhas, bocashi e a testemunha.

Tabela 2. Número de cladódio por planta (NCP), Comprimento cladódio (CC), Largura do cladódio (LC) e produtividade (Massa Verde) de Palma Forrageira cultivada em aleias de Gliricídia sepium sob três espaçamentos e três tipos de adubação orgânica (SH, AM, B) em dois anos consecutivos, em Campina Grande, PB.

Espaçamento

(m)

1° ano


2° ano

SH

AM

B

T

Media


SH

AM

B

T

Média


N° de Cladódios por planta – NCP

2x1

10,56a

8,50a

9,56a

9,00a

9,41A


12,88a

11,44a

12,56a

11,38a

12,06A

1x1

7,06a

7,06a

9,00a

9,75a

8,22B


11,08a

8,63a

12,00a

11,52a

10,81A

1x0,5

9,81a

5,69a

6,00a

4,50a

6,50B


11,88ª

7,25ab

10,96ab

6,31b

9,10B

Média

9,14

7,08

8,19

7,75

8,04


11,95

9,11

11,84

9,74

10,66


Comprimento do cladódio (cm) -CC

2x1

26,58a

25,88a

27,56a

25,13a

26,29A


28,04ab

27,28b

31,33a

27,35ab

28,50A

1x1

26,21a

25,86a

26,73a

26,75a

26,39A


27,95b

27,26b

29,08a

28,28b

28,14A

1x0,5

26,41a

25,14a

24,59a

25,82a

25,49A


29,02a

26,27ab

26,06b

27,08ab

27,11B

Média

15,75

15,29

15,49

15,89

15,61


17,31

16,10

16,79

16,84

16,76


Largura do cladódio (cm) – LC

2x1

15,93a

15,25a

15,96a

15,12a

15,57A


17,49a

16,02b

17,77ab

16,54ab

16,95A

1x1

15,70a

15,65a

15,66a

16,52a

15,88A


17,02a

16,49a

16,77a

17,10a

16,84A

1x0,5

15,63a

14,98a

14,84a

16,03a

15,37A


17,43a

15,78a

15,84a

16,87a

16,48B

Média

15,75

15,29

15,49

15,89

15,61


17,31

16,10

16,79

16,84

16,76


Espessura do cladódio (cm) – EC

2x1

1,13b

1,51a

1,05b

1,30ab

1,25A


1,83a

1,90a

2,29a

1,91a

1,99A

1x1

1,23a

1,22a

1,13a

1,15a

1,18A


1,83b

1,73b

2,13a

1,75b

1,86A

1x0,5

1,24a

1,09a

1,32a

1,28a

1,23A


1,94a

1,84a

1,91a

1,88a

1,89A

Média

1,20

1,27

1,17

1,24

1,22


1,87

1,82

2,11

1,85

1,91


Produtividade de Massa Verde (MV)(t ha-1)

2x1

13,59a

13,86a

12,21a

12,42a

13,02B


31,86a

25,87a

43,97a

27,22a

32,23B

1x1

19,45a

18,84a

22,46a

26,62a

21,84AB


52,77a

36,25a

67,92a

52,99a

52,48AB

1x0,5

56,79a

25,74a

31,71a

25,96a

35,05A


126,22a

61,58a

95,06a

58,47a

85,33A

Média

29,94

19,48

22,13

21,67

23,30


70,28

41,23

68,98

46,23

56,68

SH = Substâncias Húmicas; AM= Algas Marinhas; B = Composto Bocashi e T = Testemunha. Letras minúsculas na linha comparam o número de cladódios por planta, comprimento do cladódio, largura do cladódio, espessura do cladódio e produtividade da palma forrageira entre as adubações no mesmo espaçamento no primeiro e segundo ano; e letras maiúsculas na coluna comparam as médias entres os espaçamentos, letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Na comparação dos espaçamentos, o NCP, LC, EC foram de 27%, 4% e 2,5% superiores nos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m em relação ao espaçamento 1 × 0,5 m. Já a produtividade foi 198% maior no espaçamento 1 × 0,5 m em comparação aos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m (Tabela 2).

Os principias efeitos da adubação com substancias húmicas, algas marinhas e bocashi foram observados, sobre variáveis de crescimento da palma forrageira (NCP, CC, LC e EC), especialmente a partir do segundo ano, provavelmente influenciado pela adaptação da palma no primeiro ano de estabelecimento. É possível que o baixo desempenho das adubações orgânicas quanto a produtividade da palma e da gliricídia, esteja associada ao baixo nível de fertilidade do solo e disponibilidade de água, notadamente os valores P e MO (Tabela 1) (TOME JR, 1997; SALCEDO; SAMPAIO 2008). Os valores de P na área experimental variam de 5,3 a 2,5 mg kg-1 de solo, exceto numa das parcelas que o valor de P foi 18 mg kg-1 de solo. Já os teores de matéria orgânica oscilaram entre 12,2 g kg-1 a 7,5 g kg-1. Esses valores de P e MO, sob qualquer tipo de manejo que seja adotado são considerados muito baixos. Além disso, o período estudado foram anos de estiagem na região. O total anual de precipitação de 2012 e 2013 foram de apenas 385,1 e 99,9 mm respectivamente (Estação Meteorológica, INSA).

Na Tabela 3 encontram-se os dados de Incremento Corrente Anual (ICA) e Incremento Médio Anual (IMA) da produtividade da palma em função dos tratamentos. Nos três espaçamentos o ICA, nas parcelas adubadas com composto B, foi 191% maior do que nas parcelas adubadas com algas marinhas. Entre os tratamentos SH, AM e T não houve diferenças significativas. Na comparação dos espaçamentos verificou-se que o ICA foi 161% e 64% maior no 1 × 0,5 m em relação aos espaçamentos 2 × 1 m e 1 × 1 m, respectivamente. Resultados similares foram obtidos quanto ao Incremento Médio Anual da produtividade da palma (Tabela 3). Nas parcelas adubadas com B, o IMA foi em média de 11,71 t ha-1 ano-1, enquanto nas parcelas adubadas com SH, AM e T o IMA foi em média 10; 5,44 e 6,14 t ha-1 ano-1, respectivamente. O maior IMA foi obtido no espaçamento 1 × 0,5 m (12 t ha-1 ano-1).

A densidade da palma forrageira nas aléias de gliricídia não influenciaram significativamente a produtividade de biomassa (folhas + galhos finos) e lenha da gliricídia. A produtividade média de folhas + galhos finos e lenha da gliricídia nas parcelas com adubação foi 2,57 t ha-1 e 11,49 st ha-1, respectivamente. Nas parcelas sem adubação foi 2 t ha-1 e 10,31 st ha-1, respectivamente.

Tabela 3. Incremento Corrente Anual (ICA) e Incremento Médio Anual (IMA) da produtividade da palma forrageira cultivada em aleias de Gliricídia sepium sob três espaçamentos e três tipos de adubação orgânica, em Campina Grande, PB.

Espaçamento

SH

AM

B

T

Média


Incremento corrente anual (t ha-1)

2x1

18,27ab

12,01b

31,76a

14,8ab

19,21B

1x1

33,32ab

17,41b

45,46a

26,37ab

30,64B

1x0,5

69,43ab

35,84b

63,35a

32,51ab

50,28A

Média

40,34

21,75

46,86

24,56

33,38


Incremento médio anual (t ha-1)

2x1

4,57ab

3,00b

7,94a

3,70ab

4,80B

1x1

8,33ab

4,35b

11,37a

6,59ab

7,66B

1x0,5

17,36ab

8,96b

15,84a

8,13ab

12,57A

Média

10,09

5,44

11,71

6,14

8,34

SH = Substancias Húmicas; AM= Algas Marinhas; B = Composto Bocashi e T = Testemunha. Letras minúsculas na linha comparam o número de cladódios por planta, comprimento do cladódio, Largura do cladódio, espessura do cladódio e produtividade da Palma forrageira entre as adubações num mesmo espaçamento no primeiro e segundo ano, onde letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 4. Produtividade de biomassa e lenha de plantas de gliricídia consorciada com palma forrageira (espaçada em três diferentes espaçamentos), submetidas à adubações orgânicas, em Campina Grande, PB

Espaçamento da palma

entre as aleias de gliricídia (m)

SH

AM

B

T

Média


Produtividade de MS (t ha-1)

2x1

2,34a

2,87a

3,41a

1,65a

2,57a

1x1

3,22a

1,94a

2,91a

2,45a

2,63a

1x0,5

2,37a

2,22a

1,91a

2,06a

2,14a

Média

2,64

2,34

2,74

2,05

2,45


Produtividade de lenha (st ha-1)

2x1

17,35a

19,45a

18,81a

10,72a

16,58a

1x1

17,96a

15,66a

8,24a

18,08a

14,98a

1x0,5

14,86a

8,76a

11,1a

12,03a

11,69a

Média

16,72

14,62

12,72

13,61

14,42

SH = Substancias Húmicas; AM= Algas Marinhas; B = Composto Bocashi e T = Testemunha. Letras minúsculas na linha comparam o número de cladódios por planta, comprimento do cladódio, largura do cladódio, espessura do cladódio e produtividade da palma forrageira entre as adubações num mesmo espaçamento no primeiro e segundo ano, onde letras iguais não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Quanto a produtividade de biomassa da gliricídia, Perez-Marin et al. (2007) em pesquisa desenvolvida no semiárido paraibano, encontraram valores em parcelas adubadas com esterco bovino e ramas de gliricídia respectivamente de 3,3 e 3,4 t ha-1 de biomassa de matéria seca de gliricidia (média de três anos), sendo 38% superior aos valores médios obtidas na presente pesquisa (2,45 t ha-1, tabela 4). Os mesmos autores também verificaram valores de 2,9 t ha-1 de biomassa de matéria seca de gliricídia nos tratamentos sem adubação, superiores aos encontrados neste estudo (de 1,65 a 2,45 t ha-1) para as parcelas sem adubação orgânica nos espaçamentos 2 × 1 m, 1 × 1 m e 1 × 0,5 m, respectivamente. Em regiões de Tabuleiro Costeiro, no município de Lagarto de Sergipe, onde a precipitação média anual de 1100 mm e menos irregular à da região semiárida, Barreto e Fernandes, (2001) verificaram valores de 5,8 t ha-1 da parte aérea de gliricidia; valores superiores que as médias deste trabalho.

Somando-se a forragem (folhas e galhos) produzida pela gliricidia e a produzida pela palma forrageira, o sistema de cultivo em aléias nos dois anos de cultivo, produziu em média 7,3 t ha-1 de biomassa em matéria seca. Isto torna o sistema de cultivo em aléias um excelente banco de proteína, como estratégia para promover uma maior estabilização na produção de biomassa para alimentação animal (PEREZ-MARIN et al., 2007) e demonstrando que a presença da espécie arbórea no sistema aumenta a eficiência de uso dos recursos (água, luz, nutrientes) para a produção de biomassa. Isto é particularmente importante no semiárido brasileiro, onde a produção de biomassa é um dos fatores limitantes para a pecuária em sistemas agrícolas familiares. Considerando que a produção de biomassa de matéria seca da Caatinga é de aproximadamente 4 t ha-1 ano-1 (ARAÚJO FILHO; CRISPIM, 2002), mas que apenas 7% (280 kg ha-1) é considerado realmente forragem (LEITE; VASCONCELOS, 2000), o valor encontrado nesse estudo para a produtividade de biomassa de matéria seca do sistema em aléias de 7,3 t ha-1, equivale a 26 vezes a produção de matéria seca por hectare de Caatinga. Levando em consideração o trabalho de Leite e Vasconcelos (2000), onde são necessários 10 ha-1 de Caatinga para alimentar um bovino durante um ano e 1,5 hectares para alimentar um caprino; um hectare cultivado em sistema de aléias com palma e gliricídia, alimentaria 3 bovinos e 17 caprinos por ano.

Por outra parte a lenha produzida (14,42 st ha-1) nesse sistema é uma importante fonte de energia para atender as necessidades das residências domésticas dos pequenos e médios agricultores, uma vez que a lenha na região Nordeste representa 33% da matriz energética (ARAÚJO FILHO; CARVALHO, 2001). A gliricídia possui poder calorífico de 4.980 cal g-1 (BAGGIO, 1984) maior que o da jurema preta (Mimosa tenuiflora = 4.482 cal g-1); pereiro (Aspidosperma pysifolium = 4.406 cal g-1) e marmeleiro (Croton sonderianus = 4.388 cal g-1) espécies muito usadas com fonte de lenha na região (RIEGELHAUT; PAREYN, 2010; RIEGELHAUPT; FERREIRA, 2004). Além disso, o cultivo em aléias fornece também matéria prima para a confecção de cercas vivas permanentes, alternativa para substituir o uso das plantas nativas e diminuir a pressão antrópica sobre a caatinga.

CONCLUSÕES

A palma apresentou maior produtividade de biomassa no espaçamento 1 × 0,5m.

A biomassa total de forragem produzida pelo sistema de cultivo em aléias de gliricídia e palma forrageira, é de 7,3 t ha-1 e 14,2 t de lenha.

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