O sertão paraibano na pauta do discurso: da desesperança a formação de um lócus produtivo

Autores

  • Francisco Valdenir Lima SEEC-PB
  • Aline Carla de Medeiros UFCG
  • Maria da Gloria Borba Borges UFCG
  • Sidran Castro Alves da Silva UFCG
  • Anderson Bruno Anacleto de Andrade

Resumo

A história da ocupação do sertão da Paraíba revela a adoção de um modelo baseado na instalação de grandes propriedades de terras para a expansão pecuarista e, mais tarde, para a produção da monocultura de exportação cotonicultora e sua inserção nos mercados internacionais. A expansão algodoeira representou uma nova fonte de renda no sertão da Paraíba e até a penúltima década do século XX, foi responsável pela formação de uma classe política dominante que ainda hoje tem grande influência sobre as ações de desenvolvimento pensadas para a região. Três décadas após a derrocada do ciclo algodoeiro, a cidade de Sousa-PB ressurge como lócus produtivo através da criação do Projeto de Irrigação Várzeas de Sousa (PIVAS), que implantou um modelo agrícola pautado no agronegócio, com a produção de grãos e fruticultura irrigada para a exportação. Nessa perspectiva, o presente artigo analisa em que moldes se deu a gestação e nascimento do PIVAS, avaliando se sua efetivação revela ligação com o poder oligárquico local e se a exploração imagética do projeto em relação à redenção social e econômica da região é condizente com o ideário de prosperidade que se vislumbrou antes de sua efetivação.

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Publicado

2014-09-27

Como Citar

Lima, F. V., Medeiros, A. C. de, Borges, M. da G. B., Silva, S. C. A. da, & Andrade, A. B. A. de. (2014). O sertão paraibano na pauta do discurso: da desesperança a formação de um lócus produtivo. Informativo Técnico Do Semiárido, 8(1), 12–23. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/INTESA/article/view/2954

Edição

Seção

Revisão Bibliográfica