Serviço de Atendimento Móvel De Urgência: Índice de Trauma Crânio-Encefálico em vítimas de acidentes de trânsito em uma cidade do sertão da Paraíba

Autores

  • Sostenes Gomes de Sousa
  • Yuri Charllub Pereira Bezerra
  • Renata Suele Maia Pereira
  • Anne Milane Formiga Bezerra
  • Wilma Kátia Trigueiro Bezerra

Resumo

O Atendimento Pré Hospitalar (APH) é um importante recurso no atendimento a vítimas de trauma. Os acidentes de trânsito estão na primeira posição nas causas de morte entre jovens até 29 anos e a terceira entre a faixa etária de 30 a 44 anos, do total de óbitos por este tipo de acidente, 65% listam o Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) como consequência do evento. Este agravo consiste em lesões de diversas naturezas capazes de gerar um trauma/lesão no crânio desde o couro cabeludo até o encéfalo. O estudo objetivou caracterizar o perfil das vítimas de acidentes de trânsito e o índice de TCE atendidos pelo serviço de atendimento móvel de urgência após acidentes em vias públicas na cidade de Sousa - PB. Para o alcance dos objetivos realizou-se um estudo documental, retrospectivo, de abordagem quantitativa que utilizou dados fornecidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do município de Sousa, no estado da Paraíba, referentes ao período de 01 janeiro a 31 de dezembro de 2013. A pesquisa foi realizada com 100% das fichas de atendimento utilizadas pelas equipes das unidades de suporte básico e avançado de vida que prestaram atendimento a vítimas de acidentes de trânsito na região da cidade de Sousa-PB, a qual resultou em 549 atendimentos, utilizando um questionário semiestruturado formulado pelo pesquisador. Os resultados revelam 880 atendimentos a vítimas de acidentes, onde 549 tinham sinais clínicos de TCE, sendo a maioria do sexo masculino, e encontravam-se na faixa etária de 25 a 35 anos de idade. Estes acidentes aconteceram prioritariamente em via urbana e são mais frequentes as quedas de moto seguidas das colisões moto x carro. Foram observadas um pequeno número de acidentes com lesões graves, mantendo o índice da Escala de Coma de Glasgow entre 9 e 15. O índice de uso de álcool esteve bastante presente mesmo com todos os esforços para diminuir este índice. Diante deste fato a realização de imobilização em prancha rígida com colar cervical esteve presente na maioria absoluta dos casos. Através dos resultados obtidos verifica-se a necessidade de elaboração de medidas educativas para diminuição dos altos índices de acidentes de trânsito, mesmo sabendo que a grande maioria constitui-se de lesões leves. Estas ações visam a menor exposição da população a estes agravos partindo de medidas como a não utilização do álcool e medidas de educação no trânsito.

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Publicado

2015-07-25

Como Citar

Sousa, S. G. de, Bezerra, Y. C. P., Pereira, R. S. M., Bezerra, A. M. F., & Bezerra, W. K. T. (2015). Serviço de Atendimento Móvel De Urgência: Índice de Trauma Crânio-Encefálico em vítimas de acidentes de trânsito em uma cidade do sertão da Paraíba. Informativo Técnico Do Semiárido, 9(2), 30–38. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/INTESA/article/view/3512

Edição

Seção

Artigos