Educação em Saúde e Equidade Social: interfaces da prática multiprofissional no fortalecimento do protagonismo comunitário

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as interfaces entre a Educação em Saúde e a equidade social, com foco na atuação multiprofissional como estratégia para o fortalecimento do protagonismo comunitário e a construção de saberes emancipatórios. A partir de uma revisão integrativa da literatura, foram incluídos 13 estudos originais publicados entre 2020 e 2024, localizados em bases como SciELO, LILACS, PubMed e Scopus. Os artigos selecionados, majoritariamente qualitativos, evidenciam que a Educação em Saúde, quando fundamentada em princípios dialógicos e participativos, ultrapassa a lógica tradicional da transmissão de informações e se consolida como prática crítica voltada à promoção da equidade. A atuação multiprofissional mostrou-se indispensável nesse processo, pois favorece a articulação de saberes técnicos e populares, amplia o acesso à informação, fortalece os vínculos entre serviços e usuários, e potencializa o enfrentamento dos determinantes sociais da saúde. Observou-se que práticas educativas integradas às realidades territoriais, especialmente em comunidades quilombolas, indígenas e periféricas, são mais eficazes na promoção de autonomia e mobilização social. Os resultados demonstram que a Educação em Saúde, quando aliada a ações intersetoriais e conduzida por equipes comprometidas com a escuta e o diálogo, contribui para a humanização do cuidado, o empoderamento dos sujeitos e a democratização das políticas públicas.