Caracteristicas picicoativas do macerado de flores de zabumba Datura stramonium L. Var. tatula (L.) Torr. E suas implicações fisiologicas para operárias de Apis mellifera

Autores

Resumo

A polinização de plantas por insetos, principalmente abelhas, contribuiu para evolução de ambos os grupos concomitantemente. Em algumas plantas, componentes secundários do néctar ou pólen podem ser tóxicos ou repelentes para seus polinizadores. Neste sentido, este trabalho buscou informações sobre o comportamento da longevidade de abelhas africanizadas frente a adição do macerado de flores de Datura stramonium L. Var. tatula (L.) Torr a dieta conhecida por “cândi”, nas concentrações de: 0,25%, 0,50% e 1,0%. Para tanto, foram realizados bioensaios no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal. Utilizou flores de Aspidosperma pyrifollium secas e trituradas. O pó das flores foi pesado em três frações diferentes (0,25%, 0,50% e 1,0%) e adicionado ao candi e água. As operarias recém emergidas foram distribuídas em conjunto de 20 insetos por caixa de madeira medindo 11 cm de comprimento por 11 de largura e 7 cm de altura, em três repetições e o controle, perfazendo 12 caixas e 240 abelhas operárias, foram acondicionadas em B. O. D com temperatura ajustada a 32º C e umidade de 70 %. O grupo controle recebeu apenas o candi e água. Diante dos resultados obtidos com a pesquisa pode-se observar que as abelhas do controle permaneceram vivas até os 23 dias atingindo uma média estatística de 21 dias e para as tratadas com 0,25%, 0,50% e 1,0% respectivamente apresentaram mortalidade aos 09, 08 e 07 dias.  A análise dos dados mostrou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos e o controle, sugerindo efeito tóxico do macerado de obtido a partir de flores de Datura stramonium L. Var. tatula (L.) Torr. para operárias de abelhas africanizadas Apis mellifera. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patricio Borges Maracaja, CCJS- UFCG - SOUSA - PB - BRASIL

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal da Paraíba concluído em (1981) e Licenciatura em Teologia pelo CEPRAC em (2007), efetuou o doutorado (1991 - 1995) recebendo o titulo de Doutor Engenheiro Agrônomo pela Universidad de Córdoba - España em (1995) que foi Convalidado pela USP ESALQ - Piracicaba - SP em 1996 como o titulo de D. Sc.: Entomologia . Conceito CAPES 7. Trabalhou na Extensão na Secretaria de Agricultura da PB e Projeto Sertanejo em Picuí - PB e Campina Grande - PB, ensinou na UEPB - Universidade Estadual da Paraiba (Campus II Lagoa Seca - PB), na ESAM atualmente UFERSA - Universidade Federal do Semiárido no Campus de Mossoró - RN) e atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande - CCTA - Campus de Pombal - PB, onde participa e Coordena o Programa de Pos Graduação em Sistemas Agroindustriais PPGSA nas modalidades (Profissional e Acadêmico). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase Agroecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Adubação orgânica, Apicultura e Abelhas Nativas. 

Referências

ADLER, S.A. The ecological significance of toxic nectar. Oikos, n.91, p.409-420, 2000.

CHAUD-NETO, J.; GOBBI.; MALASPINA, O.. Biologia e técnica de manejo de abelhas e vespas. In: BARRAVIERA B. (Ed.). Venenos animais: Uma visão integrada. Rio de Janeiro: EPUC, 1994. Cap. 12, p. 173-193.

DAUNAY, M.C. DAUNAY, H. LATERROT, J. JanickIconography of the Solanaceae from Antiquity to the XVIIth century: a rich source of information of genetic diversity and uses. Acta Hortic., 745 (2007), pp. 59-88

DETZEL, A. ; WINK, M. Attraction, deterrence or intoxication of bees (Apismellifera) by plant allelochemicals. Chemoecology. v. 4, p. 8–18. 1993.

DIAS, C. T. V. ; SOUZA, S. A. O. ; KIILL, L. H. P. BIOLOGIA REPRODUTIVA DE PORNUNÇA (Manihot sp. - EUPHORBIACEAE) EM ÁREA DA EMBRAPA SEMI-ÁRIDO, PETROLINA-PE.In: XXVII Reunião Nordestina de Botânica. Petrolina. Anais. 2004.

Dupin, 2013 J. DupinBiogeography, Dispersal and Trait Evolution in the Datureae Clade (Solanaceae) University of Nebraska-Lincoln, USA (2013)

Flora of China, 2017 Flora of China, 2017. Datura: Flora of China, v. 17: Solanaceae. 〈http://www.efloras.org/florataxon.aspx?Flora_id=2&taxon_id=109368〉 (accesed 09.18).

GALLEGO, 2012 M.J. GALLEGO. DATURA L S. Castroviejo, C. Aedo, M. Laínz, F. Muñoz Garmendia, G. Nieto Feliner, J. Paiva, C.Benedí (Eds.), Flora Iberica, 11, CSIC, Madrid, Spain (2012), pp. 216-224

Geeta and Gharaibeh, 2007 R. Geeta, W. Gharaibeh. Historical evidence for a pre-Columbian presence of Datura in the Old World and implications for a first millennium transfer from the New World J. Biosci., 32 (2007), pp. 1227-1244.

Linnaeus, C. 1737a, Genera plantarum eorumque characters naturales secundum numerum, figuram, situm & proportionem omnium fructificationis partium. Wishoff, Leiden (1737)

Linnaeus, C. 1737b. Hortus Cliffortianus plantas exhibens quas In hortis tam vivis quam siccis, Hartecampi in Hollandia, coluit vir nobilissimus & generosissimusGeorgius Clifford… reductis varietatibus ad species, speciebus ad genera, generibus ad classes, adjectis locis plantarum natalibus differentiates que specierum. Amsterdam.

MORETI, A. C. de C. C.; FONSECA, T. C.; RODRIGUEZ, A.P.M.; MONTEIRO-HARA, A.C.B.A.; BARTH, O. M. Pólen das Principais Plantas da Família Fabaceae com Aptidão Forrageira e Interesse Apícola. In: 57 Congresso Nacional de Botânica, 2006, Gramado. Anais do 57 Congresso Nacional de Botânica. Gramado: Sociedade Brasileira de Botânica, v. 57, 2006.

NOGUEIRA-COUTO, R.H.N.; COUTO, L.A.. Apicultura: manejo e produtos. 3ed. Jaboticabal: FUNEP, 2006. 192p.

RIET-CORREA, F; MEDEIROS, R.M.T. 2001. Intoxicações por plantas no Brasil e no Uruguai: importância econômica, controle e riscos para a saúde pública. Pesq. Vet. Bras. 21(1):38-42.

RITTER, M. R; SOBIERAJSKI, G. R; SCHENKEL, E. P; MENTZ, L. A. Plantas usadas como medicinais no município de Ipê, RS, Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia. v.12 n 2 p-51-62 2002.

Rivera and Obón, 1991 Rivera, D., Obón, C., 1991. La guía Incafo de las plantas útiles y venenosas de la Península Ibérica. Ed. Incafo, Madrid, Spain.

ROCHA NETO, J. T.; LEITE, D. T.; MARACAJÁ, P. B.; PEREIRA FILHO, R. R.; SILVA, D. S. O. Toxicidade de flores de Jatropha gossypiifolia L. à abelha africanizada em condições controladas. Revista verde. v.6, n.2. 2011.

SILVA, R. A. Plantas Apícolas da Paraíba. João Pessoa: SEBRAE/PB. 2010.108p.

Symon and Haegi, 1991 D.E. Symon, L. HaegiDatura (Solanaceae) is a new world genus J.G. Hawkes, R.N. Lester, M. Nee, N. Estrada (Eds.), Solanaceae III: Taxonomy, Chemistry, Evolution, Royal Botanic Gardens Kew, UK (1991), pp. 197-210

SORESON, 2005 J.L. SORESON .ANCIENT voyages across the ocean to America: from “Impossible” to “Certain” J. Book Mormon Stud., 14 (1) (2005)

SOUSA, M. A.; LEITE, D. T.; FAUSTINO, J. F.; ANDRADE, S. O.; AZEVEDO, S. L.; BARRETO, C. F.; MARACAJÁ, P. B. Efeito de flores de Heliotripuim indicum L. para Apis mellifera alimentadas artificialmente. Agropecuária do Científica no Semiárido. v.9. n.3.2013.

TOURNEFORT, J.P. Elemens de botanique, ou method pour connoitre les plantes, 3, Imprimerie Royale, Paris(1694)

Downloads

Publicado

2019-07-13

Como Citar

Sousa, T. A. de O. S., Japiassú, A., Medeiros, A. C. de, & Maracaja, P. B. (2019). Caracteristicas picicoativas do macerado de flores de zabumba Datura stramonium L. Var. tatula (L.) Torr. E suas implicações fisiologicas para operárias de Apis mellifera. REVISTA DO PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM GESTAO AMBIENTAL NO SEMIARIDO, 1(2), 06–10. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/Regeas/article/view/6746

Edição

Seção

CIENCIAS AGRARIAS