A incoerência do desenvolvimento: aspectos ambientais e o mercado de consumo

Resumo

Com o avanço tecnológico e o surgimento do capitalismo, o processo de globalização alcançou um estágio avançado e passou a interferir diretamente no comportamento humano. Nesse sentido, famílias, empresas e demais organizações sociais vivenciam um modelo de naturalização da produção de mercado como parte inerente de crescimento e sobrevivência da estrutura social, em razão das facilidades e dos avanços advindos do desenvolvimento tecnológico. Todavia, a ideia de desenvolvimento, sob a ótica capitalista, comporta um notório paradoxo: de um lado o progresso e homogeneização global como ferramenta estratégica de mercado, de outro, tragédias ambientais planetárias, degradação dos recursos naturais e perda da identidade cultural dos povos. Os componentes do desenvolvimento têm o condão de interferir no modelo de organização da sociedade, na construção e aplicação de políticas públicas, bem como no ordenamento jurídico, ao passo que acarreta a danos muitas vezes irreversíveis ao meio ambiente. Nessa perspectiva, objetiva-se analisar o desenvolvimento sob dois aspectos: a lógica capitalista e os impactos ambientais, por meio de pressupostos metodológicos oriundos da revisão bibliográfica, buscando compreender as incoerências fáticas do desenvolvimento, à medida que propicia reflexões sobre a atual conjuntura.