Cigarro eletrônico e riscos à saúde bucal: uma revisão integrativa

Resumo

O uso frequente dos cigarros eletrônicos tem sido associado à praticidade e à discrição no consumo, características que os diferenciam do cigarro tradicional. Com isso, acaba sendo difundida a ideia equivocada de que seu uso é mais leve e inofensivo. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo descrever os principais riscos que o uso do cigarro eletrônico representa para a saúde bucal, identificando as alterações orais mais frequentes associadas ao seu uso. O estudo foi realizado por meio de uma revisão integrativa, de caráter descritivo, buscando responder a seguinte pergunta norteadora: “Quais os principais riscos que o uso do cigarro eletrônico representa para a saúde bucal?” Foram selecionados artigos nas bases de dados SciELO e na PUBMED, em inglês e português, que abordassem a temática em questão e que tivessem sido publicados entre os anos 2020 e 2025. Foram excluídas pesquisas que não atendiam aos critérios de publicação recente, além de artigos duplicados, incompletos e aqueles que não estavam alinhados com o escopo do estudo. Também foram descartados, ensaios teóricos, editoriais, cartas, resenhas e resumos expandidos, priorizando trabalhos científicos que apresentassem evidências sólidas e relevantes para a investigação em questão. Inicialmente, 51 registros foram identificados nas buscas. Após a remoção de duplicatas, 31 estudos foram excluídos na fase de triagem, restando 14 artigos para leitura completa. Após a avaliação, seis estudos foram descartados por não atenderem aos critérios, resultando na inclusão final de oito pesquisas para esta revisão integrativa. Com base nos dados apresentados, conclui-se que o uso desses dispositivos está ligado a uma ampla gama de manifestações bucais clínicas, como doença periodontal, lesões de mucosa, xerostomia, alterações no paladar, desgaste do esmalte dentário, infecções oportunistas, risco aumentado de cárie, entre outras complicações.