Toxicidade sobre Apis mellifera L. de combinações de inseticidas usados no controle de pragas em cucurbitáceas.

Autores

  • Sávio Matheus de Sá Callou
  • Carlos Henrique Peixoto de Barros
  • Leandro Clemente da Conceição
  • Luiz Antônio Freire Alencar Silva
  • Ewerton Marinho da Costa

Palavras-chave:

Abelha. Cucurbitáceas. Inseticidas. Mortalidade.

Resumo

As abelhas são consideradas os agentes mais adaptados e eficientes no processo de polinização. Em áreas agrícolas, um dos polinizadores mais eficientes é a abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae), pois sua presença é imprescindível para obtenção de frutos em várias culturas exploradas economicamente, como, por exemplo, em áreas de produção de cucurbitáceas. Contudo, apesar da importância para polinização, nos últimos anos tem-se observado o desaparecimento de abelhas em áreas agrícolas, sendo o uso de produtos fitossanitários considerado o recurso tecnológico mais impactante para os agentes polinizadores. Com isso, o número de pesquisas relacionadas ao tema vem crescendo, e a busca por informações que subsidiem o manejo de pragas com ênfase na preservação de agentes benéficos as culturas é fundamental. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar os inseticidas Imidacloprido+Betaciflutrina e Clorantraniliprole+Abamectina, nas doses mínima e máxima recomendada para o controle de pragas em cucurbitáceas, via ingestão, sobre A. mellifiera. O trabalho foi realizado no laboratório de Entomologia do CCTA/UFCG, Campus Pombal-PB, em Delineamento Inteiramente Casualizado, composto por cinco tratamentos [Testemunha absoluta (água destilada), duas dosagens de Imidacloprido+Betaciflutrina (500 e 1000 mL/ha) e duas dosagens deClorantraniliprole+Abamectina (300 e 500 mL/ha)] e cinco repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. As abelhas foram expostas aos inseticidas no interior de arenas (constituídas de recipientes plásticos com 15 cm de diâmetro e 15 cm de altura, com a extremidade coberta por tela fina), via fornecimento de dieta (Pasta cândi) contaminada por cada um dos tratamentos. Após a exposição aos tratamentos foi avaliada a mortalidade das abelhas durante um período de 72 horas. A mortalidade foi corrigida pela fórmula de Abbott e os dados obtidos foram submetidos a analise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste não paramétrico de Kruskal Wallis ao nível de 5% de significância. Foi verificada diferença significativa entre os inseticidas avaliados e o tratamento testemunha. Os inseticidas Imidacloprido+Betaciflutrina e Clorantraniliprole+Abamectina, nas doses mínimas e máximas avaliadas, ocasionaram 100% de mortalidade sobre as abelhas ao final do período de avaliação, sendo considerados extremamente tóxicos a A. mellifera via ingestão. Ressalta-se que novas pesquisas devem ser realizadas a partir dos resultados obtidos visando aumentar o número de doses testadas, uma vez que, foram utilizadas as doses registradas para o manejo de insetos praga somente de cucurbitáceas.

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Publicado

2018-11-04

Como Citar

Callou, S. M. de S., Barros, C. H. P. de, Conceição, L. C. da, Silva, L. A. F. A., & Costa, E. M. da. (2018). Toxicidade sobre Apis mellifera L. de combinações de inseticidas usados no controle de pragas em cucurbitáceas. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 8(1), 20. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6060