OS IMPACTOS DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA SAÚDE DA GESTANTE

Autores

  • Luana Nogueira Lopes UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Alessandra Emilly Pinto de Assis
  • Rafaelle Cavalcante de Lira

Palavras-chave:

Assistência à saúde, gestantes, infecções do trato urinário.

Resumo

INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) é definida como invasão e propagação de bactérias, desde a uretra até os rins, que levam a lesões teciduais (SALCEDO et al., 2010). Na gestação, a UTI é a terceira ocorrência clínica mais comum devido às mudanças anatômicas e fisiológicas do trato urinário, e é justamente neste período que o arsenal terapêutico antimicrobiano e as possibilidades profiláticas são mais restritos, devido à toxicidade das drogas para o feto (TAVARES et al, 2017). Tal doença está frequentemente associada a complicações maternas, como o trabalho de parto pré-termo, ruptura prematura de membranas amnióticas, restrição de crescimento intra-útero, recém-nascidos de baixo peso e óbito perinatal (DA VEIGA, 2017). A Escherichia coli é o uropatógeno causador mais comum da UTI, responsável por aproximadamente 80% dos casos. Após o diagnóstico da infecção urinária aguda, a instituição do tratamento demanda urgência pela gravidade da doença, sem tempo para confirmação do cultivo e antibiograma (DOS SANTOS, 2018). O estudo do tema “UTI em gestantes” é de grande importância em função da elevada incidência neste período da vida e dos impactos sobre a saúde da mulher e do feto. Portanto, o diagnóstico precoce durante o pré-natal e o tratamento adequado são essenciais para o melhor prognóstico materno-fetal (BRASIL, 2010).

OBJETIVOS

Estudar os impactos da infecção do trato urinário na saúde da mulher, assim como a sua incidência na Paraíba.

 

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão bibliográfica, com tendência temporal e documental. Na revisão, metodologia cuja proposta combina “dados da literatura teórica e empírica”, além de incorporar um vasto leque de propósitos como: definição de conceitos, revisão de evidências, e neste trabalho, análise dos impactos da infecção do trato urinário na saúde da mulher e sua incidência na Paraíba. Desta forma, foram realizadas pesquisas no banco de dados NCBI, utilizando o descritor UTI em grávidas, e os artigos foram selecionados de acordo com o tema abordado neste trabalho.

RESULTADOS

Duarte e colaboradores (2008) mostram que a bacteriúria assintomática acomete entre 2 e 10% de todas as gestantes, das quais aproximadamente 30% desenvolverão pielonefrite se não tratadas adequadamente, torna-se incontestável a identificação e tratamento desta forma de infecção durante o pré-natal, evitando-se os casos mais graves de ITU, e seu tratamento pode ser facilitado, baseando-se no antibiograma. O estudo de Da Silva Nascimento e colaboradores (2015) reforçou a importância da prescrição do exame de urocultura para um diagnóstico mais preciso de UTI em gestantes; conduta que apesar de ser preconizada, não é realizada com frequência nas unidades básicas de saúde. Meira e colaboradores (2016) mostra no seu trabalho que a prevenção com o autocuidado incumbe ao enfermeiro um papel fundamental e indispensável, o que pode diminuir consideravelmente as complicações da Infecção Urinária, tornando a gestação mais saudável e consequentemente gerando mais qualidade de vida a mãe e para o recém-nascido.

CONCLUSÕES

Desta forma, podemos concluir que o enfermeiro tem grande participação na prevenção das ocorrências durante o pré-natal, interligando a atenção primária (unidade básica de saúde) à atenção terciária (hospital), ou seja, aprimorando a referência e a contra referência, favorecendo uma relação ética entre as gestantes e os profissionais de saúde, garantindo, assim, a qualidade da assistência durante o pré-natal. Enfatiza-se ainda a importância do acolhimento das gestantes para uma melhor adesão das mesmas às consultas de pré-natal, diminuindo, desse modo, as gestantes faltosas, e os números de ITU (BRASIL, 2010).

Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução nº 466/12.12 DE DEZEMBRODE 2012 Comitê de Ética em Pesquisa. Conselho Nacional de Saúde. Regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: 2012. Acesso em: 28/10/18.

NASCIMENTO, Washington Luiz da Silva; OLIVEIRA, Flavia Marcia; DE SOUZA ARAÚJO, George Luiz. Infecção do trato urinário em gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde. Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 16, n. 4, 2015.

VEIGA, Samara Pavan et al. Incidência de infecções do trato urinário em gestantes e correlação com o tempo de duração da gestação. Acta Biomedica Brasiliensia, v. 8, n. 1, p. 95-105, 2017.

SANTOS, Sandra Larissa Freitas et al. Automedicação em gestantes de alto risco: foco em atenção farmacêutica. Journal of Health Sciences, v. 20, n. 1, p. 50-54, 2018.

DUARTE, Geraldo et al. Infecção urinária na gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 30, n. 2, p. 93-100, 2008.

SALCEDO, Mila de Moura Behar P. et al. Infecção urinária na gestação. CEP, v. 90020, p. 090, 2010.

TAVARES, Verônica Barreto. Infecção do trato urinário na gravidez uma revisão de literatura. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-FACIPE, v. 2, n. 3, p. 67, 2017.

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Publicado

2020-02-19

Como Citar

Lopes, L. N., Pinto de Assis, A. E., & de Lira, R. C. (2020). OS IMPACTOS DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA SAÚDE DA GESTANTE. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6807