EXTRAÇÃO DE ÓLEO PELA TÉCNICA DE FLUIDO SUPERCRITO DA ALGA Laurência dendroidea (CERAMIALES, RHODOPHYTADA)

Autores

  • Suyana Karolyne Lino da Rocha Universidade Federal de Perrnabumco
  • Bheatriz Nunes de Lima Albuquerque Universidade Federal de Pernambuco
  • Kamila de Andrade Dutra Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Laurencia dendroidea, FLUIDO SUPERCRÍTICO.

Resumo

Os produtos naturais têm se mostrado uma fonte promissora de substâncias químicas, sendo responsáveis, direta ou indiretamente, por cerca de 40% de todos os compostos bioativos disponíveis na medicina moderna. Extratos e óleos essenciais de plantas são descritos na literatura com potencial atividade inseticida, com ação frente ao mosquito Aedes aegypti, porém uma nova área de pesquisa que aborda organismos marinhos vem ganhando espaço para esse mesmo fim. Muitos metabólicos secundários são encontrados em diversos grupos de organismos marinhos, contudo com maior frequência, nas algas cianofíceas, clorofíceas, feofíceas e rodofíceas. Dentre esses organismos, as espécies de algas vermelhas (Rhodophyta) do complexo Laurencia destacam-se por serem fontes de terpenos, com diversas atividades biológicas reportadas na literatura. No Laboratório de Ecologia Química da UFPE foi obtido óleo essencial da alga Laurencia dendroidea, pela técnica fluido supercrítico (Model SFT-100). A extração durou cerca de 1h e 30 min. A temperatura utilizada no vaso extrator foi de 50°C e a temperatura utilizada na saída das válvulas foi de 70°C e a pressão de CO2 foi ajustada 2000 psi até 4000 psi, foi obtido um rendimento de 0,47% de óleo partindo de 13g de material vegetal seco. O óleo foi identificado utilizando a técnica de GC-EM com a qual foi possível identificar compostos pertencentes as classes dos sesquiterpenos, aldeídos e hidrocarbonetos, os compostos majoritários são silphiperfolan-7-β-ol (9,61%), heptadecane (7,15%) e pentadecanal (4,91%). O óleo foi submetido a teste preliminar afim de avaliar a propriedade larvicida contra o A. aegypti, foram testadas as concentrações 10, 30, 50,60 e 100 ppm, apresentando uma mortalidade de 95,100, 100, 100 e 100% respectivamente. Com isso, o desenvolvimento de larvicidas, a partir de produtos marinhos, para reduzir a presença do A. aegypti por meio da interrupção do seu ciclo de vida são imprescindíveis para o manejo desse vetor.

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Publicado

2019-10-19

Como Citar

Rocha, S. K. L. da, Albuquerque, B. N. de L., & Dutra, K. de A. (2019). EXTRAÇÃO DE ÓLEO PELA TÉCNICA DE FLUIDO SUPERCRITO DA ALGA Laurência dendroidea (CERAMIALES, RHODOPHYTADA). Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(5), b–23. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/7157

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