Condições higiênico-sanitárias de alimentos comercializados por ambulantes no município de Coronel Fabriciano-MG

Autores

  • Diego A. S. MOREIRA
  • Anderson F. VILELA
  • Ana C. A. MORAIS
  • Kívia A. G. SILVA
  • Suelene H. G. Santos

Resumo

O comportamento alimentar da sociedade sofreu grandes mudanças nos últimos anos devido às transformações econômicas, sociais e culturais. O pouco tempo e as grandes jornadas de trabalho faz com que as pessoas realizem suas refeições cada vez mais fora do lar, à jornada de trabalho, o pouco tempo para realizar as refeições, os recursos financeiros e locais próximos aos locais de trabalho são fatores que influenciaram na formação de novas praticas alimentares da sociedade moderna. Os estabelecimentos de alimentação como ambulantes e trailers são uma opção para a população em geral uma vez que produzem lanches rápidos e baratos. Devido ao aumento do consumo de lanches rápidos, propagou-se na sociedade a presença de comerciantes, principalmente informais, que preparam e comercializam alimentos como cachorros-quentes, sanduíches, espaguetes, churrasquinhos, etc. Neste contexto torna-se necessário conhecer as condições de higiene no preparo desses lanches oferecidos à população já que interferem na saúde pública já que nos últimos anos o número de doenças transmitidas por alimentos aumentou consideravelmente em todo o mundo, sendo sua maior causa o consumo de alimentos microbiologicamente contaminados. Neste trabalho, foram avaliados dez diferentes trailers de lanches da cidade de Coronel Fabriciano-MG usando como instrumento de análise um questionário simplificado que abordasse os principais itens da legislação sanitária vigente, baseado na Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Esse questionário, na forma de lista de verificação, pontuou e classificou os estabelecimentos em bons, regulares e ruins de acordo com a porcentagem dos itens atendidos. Quatro dos estabelecimentos avaliados foram classificados como bons já que respeitavam mais de 75% dos itens avaliados; e apenas um foi classificado como ruim já que não obedecia nem à metade dos itens inspecionados. Mas a maioria, cinco estabelecimentos, ficou na posição regular já que estavam entre 50 e 75% de atendimento aos quesitos de Boas Práticas de Fabricação investigados. Os itens que obtiveram maior percentual de não atendimento foram: 1°) Organização e prevenção da contaminação cruzada, 2°) Conservação e funcionamento das instalações e, em 3°) Conservação e proteção dos alimentos. Cuidados básicos como lavagem correta das mãos, ausência de adornos, uso de luvas e tocas apropriadas e ausência de ferimentos dos manipuladores não eram respeitados e ainda os mesmo manipuladores de alimentos exerciam atividades paralelas como receber dinheiro e limpeza de equipamentos sujos mostrando a falta de treinamento e fiscalização pelos responsáveis.

Biografia do Autor

Diego A. S. MOREIRA

Professor do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias – CCHSA

Universidade Federal da Paraíba – UFPB, campus III 58220-000, Bananeiras-PB

 

Downloads

Publicado

2011-12-02

Como Citar

MOREIRA, D. A. S., VILELA, A. F., MORAIS, A. C. A., SILVA, K. A. G., & Santos, S. H. G. (2011). Condições higiênico-sanitárias de alimentos comercializados por ambulantes no município de Coronel Fabriciano-MG. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 1(1). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/940

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>