CARACTERIZAÇÃO E MODELAGEM PREDITIVA EM BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA PROBIÓTICA ADICIONADA DE GELATINA DO PEIXE PESCADA AMARELA (Cynoscion acoupa)

Conteúdo do artigo principal

Lívia Xavier
Peterson Felipe
Rikelyne Gonçalves
Neila Mello

Resumo

A bebida láctea é uma opção atrativa para as indústrias uma vez que há o aproveitamento do soro de leite. De modo a agregar valor a este produto, surge a tendência de adicionar grupos funcionais à sua formulação, tais como os probióticos, e outros aditivos alimentares que garantam diferenciação a bebida. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi produzir uma formulação da bebida láctea fermentada com probiótica acrescida de gelatina rica em nutrientes proveniente da pele do peixe pescada amarela (Cynoscion acoupa). A utilização da gelatina como agente emulsificante de baixo custo na produção de bebidas lácteas, fornece ao segmento alimentício uma nova formulação a base de produtos alternativos com subprodutos do pescado. Para a bebida láctea produzida foi utilizado leite UHT integral, açúcar refinado, soro do leite de vaca pasteurizado, gelatina de pescada amarela em pó e fermento lático probiótico (Lactobacillus casei). As análises físico-químicas foram realizadas segundo métodos analíticos oficiais, dessa forma, foi possível obter a composição da bebida com teor de umidade (81,66%), extrato seco total (18,34%), gordura (1,8%), proteínas (1,92%) e carboidratos (13,96%) e assim, sendo caracterizada como semidesnatada. Também foi realizado o controle microbiológico, onde foram obtidos resultados conformes de acordo com a legislação vigente, por fim, foi realizada a contagem de bactérias ácido láticas, tendo a quantidade mínima para caracterizar o produto como potencial probiótico durante os 36 dias de “shelf life” acompanhado. Foi possível estudar a modelagem matemática, a partir do software MicroFit em diferentes modelos preditivos, onde o modelo logístico teve o melhor ajuste aos dados experimentais segundo os parâmetros estatísticos estudados (R², fator exatidão, fator Bias e o erro médio quadrático)

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Xavier, L., Felipe, P. ., Gonçalves, R., & Mello, N. (2022). CARACTERIZAÇÃO E MODELAGEM PREDITIVA EM BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA PROBIÓTICA ADICIONADA DE GELATINA DO PEIXE PESCADA AMARELA (Cynoscion acoupa). Revista Brasileira De Agrotecnologia, 12(3), 70–77. https://doi.org/10.18378/REBAGRO.V12I3.9602
Seção
VI SEA

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Alimentos com alegações de propriedades funcionais e ou de saúde, novos alimentos/ingredientes, substâncias bioativas e probióticos: lista de alegações de propriedade funcional aprovadas. Atualizado em agosto, 2007.

ALMEIDA JÚNIOR, W. L. G.; FERRARI, I. S.; SOUZA, J. V.; SILVA, C. D. A.; COSTA, M. M.; DIAS, F. S. Characterization and evaluation of lactic acid bacteria isolated from goat milk. Food Control, London, v. 53, p. 96-103, 2015.

ALMEIDA, K. E. Avaliação do Perfil de Acidificação e viabilidade de bactérias probióticas em misturas leite-soro para a elaboração de bebidas lácteas utilizando soro de queijo Minas frescal. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2007.

ANASTÁCIO, A. Microbiologia Preditiva Alimentar: As sinergias entre a microbiologia, a matemática e as tecnologias da informação. Segurança e Qualidade alimentar [online], n.7, p.56-59, 2009.

BATY, F.; DELIGNETTE-MULLER, M. Estimating the bacterial lag time: which model, which precision? International Journal of Food Microbiology, v. 91, n. 3, p. 261-277, 2004.

BINNS, N. Probióticos, Prebióticos e a Microbiota Intestinal. International Life Sciences Institute Europe. Bélgica, 2013.

BRANDÃO, S. C. C. Novas gerações de produtos lácteos funcionais. Indústria de Laticínios, São Paulo, v. 6, n. 37, p. 64-66, 2002.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentos com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde, Novos Alimentos/Ingredientes, Substâncias Bioativas e Probióticos. IX - Lista de alegações de propriedade funcional aprovadas. Atualizado em julho de 2008.

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade de Leites Fermentados. Instrução Normativa nº46. Diário Oficial da União, 23 de outubro de 2007. Brasília: Ministério da Agricultura, 2007.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n°68, de 12 de dezembro de 2006. Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produto Lácteos, em Conformidade com o Anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial da União. Brasília, 14 de dezembro de 2006, seção 1, página 8.

BRASIL, Ministério de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2005). Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Bebidas Láctea. Instrução Normativa n.º 16, de 23 de agosto de 2005.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n°2 de 7 de janeiro de 2002. Cria o Regulamento Técnico de Substancias Bioativas e Probióticas Isolados com Alegação de Propriedades Funcionais ou de Saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília – DF, 2002.
COELHO, F.J.O.; QUEVEDO, P.S.; MENIN, A.; TIMM, C.D. Avaliação do prazo de validade do iogurte. Goiânia, Ciência Animal Brasileira. v.10, n.4, p.1155-1160, 2009.

COELHO, C. J. Elaboração de Bebida Probiótica a partir do Suco de Laranja Fermentado com Lactobacillus casei. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Ceará, 2009.

COSTA, A. S. Desenvolvimento e caracterização físico-química, microbiológica e sensorial de bebida láctea fermentada elaborada com diferentes estabilizantes/espessantes. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 1, p. 209-226, jan./fev. 2013.

CUNHA, T.M.; CASTRO, F.P.; BARRETO, P.L.M. et al Avaliação físico-química, microbiológica e reológica de bebida láctea e leite fermentado adicionados de probióticos. Semina Cienc. Agrar., v.29, p.103-116, 2008.

DA SILVA, A. B. N.; UENO, M. Avaliação da viabilidade das bactérias lácticas e variação da acidez titulável em iogurtes com sabor de frutas. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 68, n. 390, p. 20-25, 2013.

DINEV, T.; BEEV, G.; DENEV, S.; DERMENDZHIEVA, D.; TZANOVA, M.; VALKOVA, E. Antimicrobial activity of Lactobacillus acidophilus against patogenic and food spoilage microorganisms: a review. Agricultural Science and Technology, v. 9, n. 1, p. 3-9. Bulgaria, 2017.

DOUGLAS, L. C.; SANDERS, M. E. Probiotics and prebiotics in dietetics practice. Journal of the American Dietetic Association, v. 108, p. 510-521, 2008.

FORSYTHE, Stephen J. Microbiologia da segurança dos alimentos. ArtMed Editora, 2013.

FRANCO, R.M.; LEITE, A.M.O. Enumeração e Identificação de Enterococcus spp e Cepas de E. coli Patogênicas em Coxas de Frango e Estudo da Atividade Antimicrobiana das Cepas Isoladas. XV Seminário de Iniciação Científica e Prêmio UFF – Vasconcellos Torres de Ciência e Tecnologia, 07-11/11/2005.

FUJIKAWA, H. Development of a New Logistic Model for Microbial Growth in Foods. Biocontrol Science, v. 15, n. 3, p. 75-80, 2010.

GONZALÉZ, S. C.; POSSAS, A.; CARRASCO, E.; VALERO, A.; BOLÍVAR, A.; POSADA-IZQUIERDO, G. D.; GARCÍA-GIMENO, R. M.; ZURERA, G.; PÉREZ-RODRIGUEZ, F. ‘MicroHibro’: A software tool for predictive microbiology and microbial risk assessment in foods. International Journal of Food Microbiology, n. 290, p.226-236, 2019.

HERCULIAN, Eduardo. Valuation Cluster RJ. LBR Lácteos Brasil S/A. 2014.

HUANG, L. IPMP 2013: a comprehensive data analysis tool for predictive microbiology. International journal of food microbiology, 171, 100-107, 2014.

LONGHI, A. D. Avaliação da capacidade preditiva de diferentes modelos matemáticos para o crescimento microbiano em condições não-isotérmicas. Dissertação (mestrado em Engenharia de alimentos) – Centro Tecnológico. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2012.

McMEEKIN, T. A., ROSS, T. Predictive microbiology: provinding a know ledge-based framework or change management. International Journal os Food Microbiology, v.78, p. 133-153, 2002.

MERCK. Microbiological Manual. Berlin, Germany, 407 p., 2002.

MILLER, F. A. A microbiologia preditiva como instrumento da garantia da segurança de produtos alimentares. 2004.

OLIVEIRA, V. M. Colágeno: características gerais e produção de peptídeos bioativos – uma revisão com ênfase nos subprodutos do pescado. ActaFish, 5 56-68. 2017.

PLA, M.; OLTRA, S.; ESTEBAN, M.; ANDREU, S.; PALOP, A. Comparison of Primary Models to Predict Microbial Growth by the Plate Count and Absorbance Methods. BioMed Research International, v. 2015, 14 p., 2015.

ROBAZZA, W. S. Modelagem Matemática do Crescimento de Microrganismos em Alimentos. Universidade Estadual de Santa Catarina, 2010.

SARMENTO, C.M.P. Modelagem do Crescimento Microbiano e Avaliação Sensorial no estudo da Vida de Prateleira de mortadela e linguiça defumada em armazenamento isotérmico e não isotérmico. Dissertação (Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2006.

SILVA, B. B. Diagnóstico da Pesca no Litoral Paraense. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi, 134 p., Belém, 2004.

SILVA JÚNIOR, E. A. da. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Alimentos. Varela, 5 ed., São Paulo, 2002.

SILVA, M. Produção de Gelatina a Partir da Pele do Peixe Pescada Amarela (Cynoscion acoupa) e sua Utilização na Formulação de Bebidas Lácteas. Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Pernambuco. 2019.

SILVEIRA, M. S. Utilização do suco e xarope de caju para a produção de ácido lático pelo Lactobacillus casei B-442. 2009. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciencia e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009