PARADOXOS DO USO DOS SOLOS NAS MARGENS DO RIO CAPIBARIBE: VULNERABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS EM ÁREAS URBANAS

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João Paulo Gomes de Vasconcelos Aragão
Edvânia Torres Aguiar Gomes

Resumo

Os rios são fontes de abastecimento, de geração de recursos, dentre outras potencialidades, mas especialmente são afetados por procedimentos de usos e ocupações não só em seus conteúdos, mas também nas formas que o abarcam, qual seja, nas suas margens, profundidades e cursos. Nem sempre essas afetações são facilmente reconhecidas, entretanto tudo se altera quando de eventos como enchentes. Este trabalho parte dessa preocupação, sendo objetivo analisar os paradoxos que compõem as formas de uso e ocupação dos solos nas margens do rio Capibaribe em áreas urbanas, visando a mitigação das vulnerabilidades socioambientais existentes nestas áreas. O presente trabalho baseou-se em exercícios metodológicos de análise sobre a natureza dos paradoxos sobre as margens de rios, tendo no espaço uma categoria central. Considerou-se o caso das cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Limoeiro e São Lourenço da Mata, localizadas às margens do rio Capibaribe, estado de Pernambuco. Nos casos estudados, identificaram-se distintas situações de vulnerabilidades socioambientais, desde aquelas resultantes da degeneração dos ecossistemas naturais, até as que são potencializadas pelos processos sociais de segregação espacial. Estes processos tornam as classes de menor poder aquisitivo as mais vulneráveis aos ciclos de enchentes que historicamente afligem diversos grupos sociais.

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Como Citar
Gomes de Vasconcelos Aragão, J. P., & Torres Aguiar Gomes, E. (2017). PARADOXOS DO USO DOS SOLOS NAS MARGENS DO RIO CAPIBARIBE: VULNERABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS EM ÁREAS URBANAS. Revista Brasileira De Agrotecnologia, 7(3), 148–166. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBAGRO/article/view/5565
Seção
Artigos

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