Paralisia Cerebral: Dificuldades apresentadas pelas mães no enfrentamento do diagnóstico, no segmento do tratamento fisioterapeutico em casa e nos cuidados diários

Autores

  • Pollyanna Silva Almeida Universidade Maurício de Nassau
  • Thalita Pereira Gonçalves Universidade Maurício de Nassau
  • Daniege Guedes Maciel Universidade Maurício de Nassau

Resumo

RESUMO A Paralisia Cerebral, também denominada Encefalopatia Crônica Infantil não Progressiva, é consequência de uma lesão estática, ocorrida no período pré, peri ou pós-natal, afetando o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional. Consiste em uma disfunção sensório motora com um quadro clínico extremamente heterogêneo, em que os sinais e sintomas dependem da área lesada e da extensão da lesão. Entretanto, todas as crianças portadoras de Paralisia Cerebral têm como denominador comum o comprometimento motor, interferindo na aquisição de suas habilidades. As mães de crianças com essa patologia, que assumem fundamentalmente o papel de cuidadora, enfrentam inúmeras dificuldades em desenvolver tal tarefa. Diante deste fato, a presente pesquisa objetivou identificar as dificuldades apresentadas pelas mães no enfrentamento do diagnóstico, no seguimento do tratamento fisioterapêutico em casa e nos cuidados diários. O estudo realizado foi do tipo transversal, exploratório e descritivo com natureza quantitativa, desenvolvido com nove mães de crianças com Paralisia Cerebral, com faixa etária entre um e dez anos, os quais estavam em tratamento em duas Clínicas de Fisioterapia de Campina Grande – PB, uma particular e outra pública. Os dados foram colhidos entre julho e novembro de 2009, utilizando-se um questionário de investigação, composto de perguntas abertas e fechadas. As variáveis estudadas foram relacionadas ás condições sócio-econômicas, enfretamento do diagnóstico e dificuldades no seguimento do tratamento fisioterapêutico domiciliar e cuidados diários. Os resultados obtidos foram submetidos á analise estatística de média e percentil, apresentados em tabelas e discutidos com base na literatura estudada. As informações obtidas neste estudo demonstraram que as mães apresentam várias dificuldades, que se iniciam na tomada de consciência do diagnóstico e constitui um momento muito forte, de muitas dúvidas e frustações. Sentimentos como raiva (23,1%), medo (23,1%), angústia (23,1%) e desespero (15,4%) estavam presentes, apenas 7,7% tiveram uma aceitação imediata do problema de seu filho. A maioria das mães tinha o conhecimento do diagnóstico do filho (88,9%), do que é a paralisia cerebral (66,7%) e da causa da patologia (88,9%). Quanto ao quadro clínico, a maioria das crianças eram espásticas (44,5%) e a maioria das mães (55,7%) desconhecia topografia da paralisia cerebral do seu filho. Com relação ao seguimento do tratamento fisioterapêutico em casa, todas as mães principalmente no que se refere à estimulação motora (88,9%). A respeito dos cuidados diários, as mães referiram dificuldades em itens como fala (88,9%), carregar ou posicionar (77,8%), higiene (55,6%), vestir (44,4%), dormir (33,3%), brincar (33,3%), alimentação (22,2%) e também na inclusão escolar (55,6%). Diante disto, pode-se concluir que é indispensável o apoio psicológico ás mães, assim como as orientações em relação as suas reais dificuldades, interferindo qualitativamente tanto no seu papel de mãe como co-terapeuta e melhorando consequentemente o prognóstico da criança. PALAVRAS-CHAVES: Criança/Paralisia Cerebral/Dificuldades das mães

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Biografia do Autor

Pollyanna Silva Almeida, Universidade Maurício de Nassau

Graduada em fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraiba

Thalita Pereira Gonçalves, Universidade Maurício de Nassau

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraiba

Daniege Guedes Maciel, Universidade Maurício de Nassau

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraiba

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Publicado

2015-01-02

Como Citar

Almeida, P. S., Gonçalves, T. P., & Maciel, D. G. (2015). Paralisia Cerebral: Dificuldades apresentadas pelas mães no enfrentamento do diagnóstico, no segmento do tratamento fisioterapeutico em casa e nos cuidados diários. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 4(4), 19–28. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/2633