Violência Obstétrica Institucional no Brasil

Autores

  • Sueli da Silva Batista
  • Marcio Fernando Rodrigues Gonçalves
  • Ani Cátia Giotto

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v9i3.7323

Palavras-chave:

Mulher. Saúde. Parto obstétrico

Resumo

: Introdução: Muitas pesquisas conotam que a violência obstétrica institucional no Brasil pode impactar a saúde da mulher tanto física quanto mental, levando a grandes traumas que podem vir a prejudicar as suas gestações futuras. Neste sentido, esse tipo de violência a gestante é mais comum do que se imagina, ao conviver com o estresse hospitalar no trabalho dos médicos acabam por gerar maus tratos as mulheres que estão ali por precisarem de atendimento hospitalar, algumas delas tem o atendimento médico recusado pelos profissionais hospitalares da saúde. Objetivo: Este artigo objetiva realizar revisão sistemática da literatura sobre a violência institucional obstétrica, no Brasil, e apresentar as principais evidências encontradas que relatem os diversos tipos de violências sofridas por mulheres em hospitais durante o pré-parto, parto e pós-parto. Metodologia: Através de um estudo transversal com abordagem qualitativa e documental. Resultados e Discussão: Constatou-se a grande prevalência de violências obstétricas sofridas por mulheres em hospitais no momento desde a sua chegada ao mesmo até o final do processo de parturiação. Conclusão: considera-se que as mudanças nas práticas assistenciais vigentes precisam acontecer, contabilizando em redução as intervenções desnecessárias, crueis e que violam aos direitos das mulheres..

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Publicado

2019-10-21

Como Citar

Batista, S. da S., Gonçalves, M. F. R., & Giotto, A. C. (2019). Violência Obstétrica Institucional no Brasil. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 9(3), 115–121. https://doi.org/10.18378/rebes.v9i3.7323

Edição

Seção

Artigos