Conhecimento sobre Homeopatia e Fitoterapia em comunidade universitária
DOI:
https://doi.org/10.18378/rebes.v10i3.7927Palavras-chave:
Terapias complementares, Instituições de ensino superior, Disseminação de informaçãoResumo
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são definidas como um grupo de diversos sistemas médicos e de cuidado à saúde que não estão presentes na medicina convencional, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento sobre Homeopatia e Fitoterapia, da comunidade interna e externa que frequenta o Campus I, da UFPB. Foi realizada uma pesquisa do tipo exploratória. A amostra total da pesquisa foi de 815 pessoas, sendo 628 discentes, 83 docentes, 34 técnicos (administrativos e terceirizados) e 70 usuários de serviços ambulatoriais. Um questionário previamente elaborado, contendo 16 questões objetivas sobre dados sociodemográficos, conhecimento sobre Fitoterapia e Homeopatia e reconhecimento científico das duas terapias foi aplicado. Os dados coletados foram analisados e posteriormente representados através de tabelas, agrupados e distribuídos conforme frequência e percentuais nos softwares Excel e Word. Apesar da maioria afirmar que Fitoterapia e Homeopatia são terapias distintas, muitos não sabiam seus princípios, evidenciando uma falta de divulgação e conhecimento geral sobre as mesmas. Mesmo com a introdução gradativa das PICs nos cursos de saúde, seu caráter é predominantemente optativo e ainda parece haver resistência quanto a sua inserção, dificultando, assim a sua divulgação, ensino e pesquisas. Embora tenha sido realizada no âmbito acadêmico, a grande maioria dos entrevistados demonstraram um conhecimento superficial a respeito destas práticas.
Downloads
Referências
ALEXANDRE, R.F., BAGATINI, F., SIMÕES, C.M.O. Potenciais interações entre fármacos e produtos à base de valeriana ou alho. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.18, n.3, p. 455-463, 2008.
ARAÚJO, R.Q. et al. Análise das interações fármacos x nutrientes dentre os medicamentos mais prescritos em uma clínica geriátrica. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v.28, n.4, p. 306-310, 2013.
BAKKE, L. A. et al. Estudo comparativo sobre o conhecimento do uso de plantas abortivas entre alunas da área de saúde e da área de humanas da Universidade Federal da Paraíba. Revista Eletrônica de Farmácia. v.5, n.1, p. 8-15, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada N° 26 de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre “o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos”
_______. Ministério da Saúde. Portaria 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Acesso em 15 de agosto de 2019.
_______. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares (PICS): quais são e para que servem. Disponível em: < http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares >. Acesso em: 15/08/2019.
_______. Resolução SES nº1757, de 18 de fevereiro de 2002. Contraindica o uso de Plantas Medicinais no Âmbito do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 20 fev; 2002, v.27, n.33. Parte I.
CAMPESATO, V.R. Uso de plantas medicinais na gravidez e risco para malformações congênitas. Tese (Doutorado em Ciências)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul. 2005.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução CFBM Nº 001, de 28 de janeiro de 2016. Dispõe sobre Atividade do Biomédico Acupunturista. Disponível em: http://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/NORMATIVA-CFBM-N1.pdf
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 577, de 05 de junho de 2018. Atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para Registro de Títulos de Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu concedido a Enfermeiros e aprova a lista das especialidades. Diário Oficial da União, Brasília (DF); 2018. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/Resolu%C3%A7%C3%A3o-Cofen-577-2018.pdf
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução CFF Nº 232, de 06 de maio de 1992. Dispõe sobre a assunção da Responsabilidade Técnica nas Farmácias Homeopáticas. Diário Oficial da União, Brasília (DF); 1992 Jun 03 - Seção 1, Pág. 7027. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/232.pdf
CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Resolução CFO Nº 82, de 19 de setembro de 2008. Reconhece e regulamenta o uso pelo cirurgião-dentista de práticas integrativas e complementares à saúde bucal. Disponível em: http://www.croma.org.br/normas/F/federal_2008_109.pdf
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM Nº 1000, de 21 julho de 1980, Seção I, Parte II. Acrescenta na relação de especilidades reconhecidas pelo CFM, para efeito de registro de qualificação de especialistas a hansenologia e a homeopatia. Diário Oficial da União, Brasília (DF); 1980. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1989/1000_1989.htm
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução CFMV Nº 625, de 16 de março de 1995. Dispõe sobre o Registro de título de especialista no âmbito dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária. Disponível em: http://www.crmvrj.org.br/legislacao/texto/res625.htm
CHRISTENSEN, M.C.; BARROS, N.F. Medicinas alternativas e complementares no ensino médico: revisão sistemática. Revista Brasileira de Educação Médica, v.34, n.1, p.97-105, 2010.
COSTA, K. C. S. et al. Plantas medicinais com potencial teratogênico: considerações atuais. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v.48, n.3, 2012.
DIAS, J. S. Homeopatia: percepção da população sobre significado, acesso, utilização e implantação no SUS. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v. 15, n. 2, p. 58-67, jun, 2014.
FEITOSA, M.H.A; SOARES, L.L; BORGES, G.A. Inserção do conteúdo fitoterapia em cursos da área de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 40, n. 2, p.197-203, 2016.
FEITOSA, W. L; BATISTA, L.M.; COSTA, D.A. Perfil dos usuários de Homeopatia em estabelecimentos de saúde público e privado na cidade de João Pessoa – PB. In: COSTA, G. M; PORTO, M; L;S (Org.). Farmácia: Tecnologia a serviço da vida, v.2, 2020. Cap. 44. IMEA, Joao Pessoa – PB, 2020. ISBN: 978-85-53005-25-3 (on-line)
KUREBAYASHI, L. F. S.; OGUISSO, T.; FREITAS, G.F. Acupuntura na enfermagem brasileira: dimensão ético-legal. Acta Paulista de Enfermagem. v.22, n.2, p 210-212, 2009.
LEITE, J. P. V. Fitoterapia Bases Científicas e Tecnológicas. Ed. Atheneu, São Paulo – SP, 2009.
LOCH-NECKEL, G.; CARMIGNAN, F.; CREPALDI, M. A. A homeopatia no SUS na perspectiva de estudantes da área da saúde. Revista Brasileira de Educação Médica. v.34, n.1, p. 82-90, 2010. 10.1590/S0100-55022010000100010
MONTEIRO, D. A.; IRIART, J. A. B. Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o tratamento homeopático. Caderno de Saúde Pública, v. 23, n. 8, p.1903-1912, ago, 2007.
NASCIMENTO, M.C.; ROMANO, V.F.; CHAZAN, A.C.S. QUARESMA, C. H. Formação em práticas integrativas e complementares em saúde: desafios para as universidades públicas. Trabalho, Educação e Saúde, v.16, n.2, p.751-772, 2018.
NICOLETTI, M.A. et al. Uso popular de medicamentos contendo drogas de origem vegetal e/ou plantas medicinais: principais interações decorrentes. Revista Saúde, v.4, n.1, p. 25-39, 2010.
OLIVEIRA, I.F.; PELUSO, B.H.B.; FREITAS, F.A.C. Homeopatia na graduação médica: trajetória da Universidade Federal Fluminense. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 41, n. 2, p. 240-250, 2017.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Estratégia sobre medicina tradicional: 2002-2005. Genebra: OMS; 2006.
SALLES, L. F. KUREBAYASHI, L. F. S. SILVA, M. J. P. As práticas complementares e a enfermagem. Editora Yendis, São Caetano, 2011.
SALLES S. Homeopatia, Universidade e SUS: resistências e aproximações. São Paulo: Hucitec/Fapesp; 2008.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
SILVEIRA, P. F.; BANDEIRA, M. A. M.; DOURADO, P. S. Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e fitoterápicos: uma realidade. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.18, n.4, p. 618-626, out/dez, 2008.
SOUZA, I.M.C. Medicina alternativa nos serviços públicos de saúde: a prática da massagem na área programática 3.1 no município do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado). Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, 2004.
TEIXEIRA, M. Z.; LIN, C.A. Educação médica em terapêuticas não convencionais. Revista Médica (São Paulo). Out.-dez., v. 92, n. 4, p.224-235, 2013.
TEIXEIRA, M. Z. Homeopatia: Desinformação e Preconceito no Ensino Médico. Revista Brasileira de Educação Médica, v.31, n.1, p.15-20, 2007.
TELESI JÚNIOR, Emílio. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS. Estudos Avançados, São Paulo, v. 30, n. 86, p. 99-112, Apr. 2016.
TESSER, C. D.; SOUSA, I.M.C.; NASCIMENTO, M.C. Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde brasileira. Saúde Debate, v. 42, número especial 1, p. 174-188, 2018.
THIAGO, S.C.S.; TESSER, C.D. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares. Revista Saúde Pública; v. 45, n. 2, p. 249-57, 2011.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Termo de cess
1.png)
milenanunes@fiponline.edu.br 
+55 83 988784633 (Milena Sousa)