DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM NOTIFICAR CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Autores

  • Sinara França Gonçalves Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências Jurídicas e Socias Unidade Acadêmica de Direito
  • Alêssa Cristina Meireles de Brito
  • Évila Rayanne Lima de França
  • Fabiana Ferraz Queiroga Freitas

Resumo

A violência contra a mulher configura-se como um importante problema de saúde pública, visto que a problemática é uma das principais causas da morbimortalidade feminina. Por se tratar de um assunto complexo o problema na maioria das vezes torna-se invisível aos olhos da sociedade e dos profissionais envolvidos na Atenção Primária à Saúde (APS). Notificar a violência contra a mulher é lei desde 2003 e obrigatória a todos os serviços de saúde público ou privado, pois, é a partir da notificação que são traçadas metas e medidas de promoção, proteção e controle da violência. O presente estudo objetivou identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde da Atenção Primária em notificar casos de violência contra a mulher. De acordo com os artigos analisados na base de dados do BVS e no portal de periódicos CAPES verificamos os seguintes motivos que inviabilizam a notificação dos casos de violência contra mulher pelos profissionais na APS: dificuldade de identificação mediante o olhar limitado às lesões físicas; o medo de represália; o desconhecimento, dificuldade ou constrangimento em preencher a ficha de notificação; a ineficiência da formação acadêmica para abordagem da temática bem como a falta de capacitação profissional; a dificuldade da mulher em procurar ajuda; e a sobrecarga profissional. Como causa de desmotivação em notificar foi identificada a fragmentação e a inadequação da organização da rede de serviços de saúde em manter a continuidade do atendimento as vítimas. O estudo demonstrou que apesar da obrigatoriedade da notificação, os casos de violência contra mulher acabam passando despercebidos pelos profissionais da APS confirmando a fragilidade do serviço em identificar e notificar o problema. Diante da problemática exposta evidenciou-se a necessidade de investimentos na formação dos profissionais envolvidos na APS refletida pelo discurso de desconhecimento e/ou despreparo no atendimento desses casos.

 

Biografia do Autor

Sinara França Gonçalves, Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências Jurídicas e Socias Unidade Acadêmica de Direito


Graduando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, Professor de Geografia do Pré-Vestibular Solidário, Aluno PIBIC do projeto de pesquisa Análise da Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano de Sousa-PB, Monitor de Introdução ao Estudo do Direito II na Universidade Federal de Campina Grande-UFCG(2019). Membro de corpos editoriais da Editora Verde (Grupo Verde de Agroecologia e Abelha - GVAA), nas revistas: Revista Brasileira de Direito e Gestão Pública, Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável. É membro dos Grupos de Pesquisa: Abelhas no Semiárido, Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas, Proteção de Plantas na Agricultura Sustentável. Atuou como: Extensionista e Pesquisador do projeto de extensão Pré-Vestibular Solidário(2018), Monitor de Introdução ao Estudo do Direito I na Universidade Federal de Campina Grande-UFCG(2019).

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Publicado

2020-03-22

Como Citar

Gonçalves, S. F., Brito, A. C. M. de, França, Évila R. L. de, & Freitas, F. F. Q. (2020). DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM NOTIFICAR CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/7700

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