Comparação entre abordagens convencionais e alternativas em fisioterapia para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v15i2.11371

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que pode comprometer o desenvolvimento motor, a coordenação, o equilíbrio e a funcionalidade de crianças, exigindo intervenções terapêuticas específicas. Nesse contexto, a fisioterapia assume papel importante na promoção de habilidades motoras e adaptativas, por meio de abordagens convencionais e alternativas. Nesse cenário, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura científica recente, comparando os efeitos das abordagens fisioterapêuticas convencionais (como Bobath, PNF e cinesioterapia funcional) e alternativas (como integração sensorial, equoterapia e hidroterapia) em crianças com TEA. A busca foi conduzida nas bases PubMed, SciELO, ScienceDirect, BDTD, LILACS, Redalyc e Google Scholar, considerando publicações entre 2018 e 2024. Foram incluídos artigos originais, revisões e trabalhos acadêmicos que abordassem intervenções fisioterapêuticas aplicadas ao TEA, totalizando um conjunto de estudos que foram analisados qualitativamente. Os resultados indicaram que ambas as abordagens apresentam efeitos positivos no desenvolvimento motor, na autonomia e na qualidade de vida das crianças, com destaque para o engajamento e o impacto comportamental proporcionado pelas abordagens alternativas. Conclui-se que a integração entre métodos convencionais e complementares, quando orientada por avaliação individualizada e fundamentada em evidências, constitui uma estratégia terapêutica promissora para o manejo fisioterapêutico no TEA.

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Publicado

2025-05-11

Como Citar

Almeida, J. R. R. de, Rocha, V. F., Linhares, S. V. R., Silva, G. R. da, Saraiva, B. P., & Gomes, R. L. (2025). Comparação entre abordagens convencionais e alternativas em fisioterapia para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Revista Brasileira De Educação E Saúde, 15(2), 283–291. https://doi.org/10.18378/rebes.v15i2.11371

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