Mobilização precoce em pacientes críticos internados na unidade de terapia intensiva: Revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v10i3.7854

Palavras-chave:

Unidades de terapia intensiva. fisioterapia. mobilização precoce.

Resumo

Introdução: Pacientes no ambiente hospitalar são submetidos a regimes terapêuticos complexos, necessitando de suporte em unidade de tratamento intensivo com equipes multidisciplinares. Dentre as múltiplas estratégias para possibilitar a recuperação destes pacientes, a mobilização precoce, hoje realizada pelo profissional fisioterapeuta no âmbito hospitalar, tem a finalidade de retomada de funções fisiológicas corpóreas, destacando-se por aceleração do processo de recuperação, redução na incidência de complicações pulmonares e do tempo de permanência na ventilação mecânica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar na literatura a importância da mobilização precoce em pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva. Método: A análise da literatura foi realizada por meio das bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO entre 2014 e 2018, (Unidades de Terapia Intensiva; Fisioterapia; Mobilização Precoce). Resultados e Discussão: Dos trinta e um artigos selecionados, apenas sete preencheram os critérios de inclusão. Dentre os achados foi possível observar estudos apresentando os limites da mobilização precoce devido a alterações fisiológicas no paciente estático no leito, e outros que afirmam as vantagens da mobilização precoce em pacientes críticos bem como a importância do fisioterapeuta e sua intervenção nestes pacientes. Conclusão: É consenso entre os autores consultados, que a mobilização precoce deve ser conduta contínua do fisioterapeuta que assiste ao paciente crítico, visto ser eficaz tanto na recuperação mais rá­pida do paciente na UTI, com diminuição do tempo de internamento e minimização das consequências deletérias da hospitalização, quanto à melhoria da qualidade de vida após a alta da UTI.

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Biografia do Autor

Rodrigo Junior Farias da Costa, Universidade Federal do Pará

Fisioterapeuta, Mestrando aprovado em primeiro lugar geral no Programa de Pós Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia (qualificado) (PPGSAS/UFPA), Pós-graduado em Fisioterapia em Terapia Intensiva (INSPIRAR), Pós-graduado em Saúde Coletiva (UEPA), Fez capacitação no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Ophyr Loyola (2018), pesquisador do Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento da Amazônia (EPIGEO/UEPA). Eleito o melhor aluno do curso de fisioterapia de sua instituição formadora, foi bolsista PIBIC-FAPESPA da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi membro fundador (2015) e presidente (2017) da Liga Acadêmica de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva (LAFICARTI), foi membro fundador e diretor administrativo (2018) da Liga de Epidemiologia da Amazônia (LIEA).

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Publicado

2020-07-04

Como Citar

Farias da Costa, R. J., Brito Santos, C. E., Coelho de Souza Filho, L. E., Santos, B. de O., Silva Machado, A., & Cunha, K. da C. (2020). Mobilização precoce em pacientes críticos internados na unidade de terapia intensiva: Revisão integrativa. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 10(3), 110–114. https://doi.org/10.18378/rebes.v10i3.7854

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