EFEITO TÓXICO DA FLOR DE QUIXABEIRA SOBRE Apis meífera

Autores

  • Paulo Henrique Galvão Sobrinho
  • Maria Angela Casimiro Lopes
  • Whalamys Lourenço de Araújo
  • Daniel Casemiro da Silveira
  • José Aldenor de Sousa UFCG
  • José da Silva Sousa UFCG

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo estudar o efeito tóxico do macerado de flores de Quixabeira S obtusifolium sobre as abelhas Apis melífera africanizadas em ambiente controlado. A coleta das flores de Quixabeira foi efetuada no município de Cerro Corá-RN e conduzidas aos Laboratórios de Nutrição Animal e de Abelhas da UFCG – Pombal – PB. Foram levadas à estufa para secagem a 40 ºC durante 48 horas, seguido de trituração em almofariz, depois transformado em pó e peneirado em três malhas finas de nylon, acondicionado em tubos plásticos e devidamente etiquetado. O macerado da flor de Quixabeira foi pesado em três frações distintas, ou seja, (25%, 50% e 100%) e adicionada a uma dieta artificial “cândi” (mistura de açúcar de confeiteiro e mel na proporção 5:1). Colocadas em caixas de madeira com orifícios nas laterais fechados com tela de nylon para ventilação, previamente forradas com papel filtro e com tampas de vidro. As operárias foram selecionadas no favo de cria as recém-emergidas, e em seguida distribuídas em conjunto de 20 insetos por caixa, com três repetições e o controle, perfazendo em média 12 caixas e 240 abelhas operárias testadas. Acondicionadas a uma estufa BOD com ambiente ajustado a uma temperatura de 32 ºC e umidade de 70%. A cada 24 horas foram retiradas da BOD, observadas, adicionado água com uma seringa e em seguida retirada as abelhas mortas, anotadas numa ficha de controle diária durante todo o período do ensaio. Os dados foram avaliados no programa BioEstat 5.0 e utilizado o teste Log Rank Test pelo método de Collet, na comparação das curvas de sobrevivência. Na análise estatística observam-se as curvas de sobrevivência significativamente reduzida com a utilização da dieta contendo os pós. As abelhas controle permaneceram vivas até os 21 dias, atingindo uma média estatística de 17 dias, e para as tratadas com 25%, 50% e 100% respectivamente apresentaram mortalidades aos 15, 13 e 11 dias. A análise dos dados mostrou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos e o controle, sugerindo efeito tóxico do macerado de obtido a partir de flores de Sideroxylon obtusifolium (Roem. e Schult.) T.D. Penn para operárias de Apis mellifera. À medida que as concentrações do macerado de flores de quixabeira aumentam na alimentação, diminui o tempo de vida das abelhas Apis mellifera, comprovando um efeito tóxico.

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Publicado

2013-11-13

Como Citar

Sobrinho, P. H. G., Lopes, M. A. C., Araújo, W. L. de, Silveira, D. C. da, Sousa, J. A. de, & Sousa, J. da S. (2013). EFEITO TÓXICO DA FLOR DE QUIXABEIRA SOBRE Apis meífera. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 3(2). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/2370

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