EFEITO TÓXICO DA FLOR DE PINHÃO MANSO SOBRE Apis meífera.

Autores

  • Paulo Henrique Galvão Sobrinho UFCG
  • Ana Flavia de Melo Candido UFCG
  • Marcos André de Lacerda UFCG
  • Rafael Vitor Silveira Muniz UFCG
  • José Aldenor de Sousa UFCG
  • Whalamys Lourenço de Araújo UFCG
  • Aldenor Tomaz de Aquino EMATER PB

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo estudar o efeito tóxico do macerado de flores de Pinhão Branco (Jatropha Curcas L.) sobre as abelhas Apis melífera africanizadas em ambiente controlado. A coleta da flor do Pinhão Branco foi efetuada nas proximidades da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, campus Pombal, e conduzidas aos Laboratórios de Nutrição Animal e de Abelhas da UFCG – Pombal – PB. Foram levadas à estufa para secagem a 40 ºC durante 48 horas, seguido de trituração em almofariz, depois transformado em pó e peneirado em três malhas finas de nylon, acondicionado em tubos plásticos e devidamente etiquetado. O macerado da flor de Quixabeira foi pesado em três frações distintas, ou seja, (25%, 50% e 100%) e adicionada a uma dieta artificial “cândi” (mistura de açúcar de confeiteiro e mel na proporção 5:1). Colocadas em caixas de madeira com orifícios nas laterais fechados com tela de nylon para ventilação, previamente forradas com papel filtro e com tampas de vidro. As operárias foram selecionadas no favo de cria as recém-emergidas, e em seguida distribuídas em conjunto de 20 insetos por caixa, com três repetições e o controle, perfazendo em média 12 caixas e 240 abelhas operárias testadas. Acondicionadas a uma estufa BOD com ambiente ajustado a uma temperatura de 32 ºC e umidade de 70%. A cada 24 horas foram retiradas da BOD, observadas, adicionado água com uma seringa e em seguida retirada as abelhas mortas, anotadas numa ficha de controle diária durante todo o período do ensaio. Os dados foram avaliados no programa BioEstat 5.0 e utilizado o teste Log Rank Test pelo método de Collet, na comparação das curvas de sobrevivência. Na análise estatística observam-se as curvas de sobrevivência significativamente reduzida com a utilização da dieta contendo os pós. As abelhas controle permaneceram vivas até os 21 dias, atingindo uma média estatística de 17 dias, e para as tratadas com 25%, 50% e 100% respectivamente apresentaram mortalidades aos 15, 13 e 11 dias. A análise dos dados mostrou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos e o controle, sugerindo efeito tóxico do macerado de obtido a partir de flores de Jatropha curcas L. para operárias de Apis mellifera. À medida que as concentrações do macerado de flores de pinhão Branco aumentam na alimentação, diminui o tempo de vida das abelhas Apis mellifera, comprovando um efeito tóxico.

Downloads

Publicado

2013-11-16

Como Citar

Sobrinho, P. H. G., Melo Candido, A. F. de, Lacerda, M. A. de, Muniz, R. V. S., Sousa, J. A. de, Araújo, W. L. de, & Aquino, A. T. de. (2013). EFEITO TÓXICO DA FLOR DE PINHÃO MANSO SOBRE Apis meífera. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 3(2). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/2377

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)