PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E CERA EM ATIVIDADE APÍCOLA: COMPATIBILIDADE E REQUISITOS

Autores

  • Edivaldo Ferreira de Pacheco Filho Universidade Federal de Campina Grande
  • Rosilene Agra da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Alessandro Marques da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Albertine Felipe da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • José Amaro Dias Filho Universidade Federal de Campina Grande
  • João Paulo Gomes da Cruz

Palavras-chave:

Apis mellifera, Alimentação artificial, Diversificação, Compatibilidade produtiva

Resumo

No Brasil e especificamente na região Nordeste, a apicultura é quase exclusiva para produção de mel, esquecendo o apicultor que, ao longo dos meses do ano, fora das floradas, poderia diversificar sua atividade na produção de própolis e da cera apícola. Ambos produtos se beneficiam da alimentação artificial sistêmica para o desenvolvimento produtivo, além de manter enxames fortes e em crescimento durante a entressafra. A própolis possui composição complexa e variada, é formada basicamente de resinas e cera. A cera é originada da secreção de oito glândulas cerígenas situadas no abdome das operárias, sendo o mel o seu combustível para produção. Própolis e cera são produzidas por abelhas em grau de desenvolvimento distinto. Abelhas jovens na faixa etária do 18º dia de vida produzem cera para construção de favos, enquanto as campeiras a partir do 22º dia de vida poderão coletar resinas para produção de própolis. Nessas duas funções produtivas, as abelhas necessitam de muita energia, sendo imprescindível a alimentação energética e proteica complementar estimulante para manter a colmeia populosa. A produção de própolis e cera requer do apicultor investimento em capacitações específicas. O Apiário deve estar localizado próximo de vegetação fornecedora de néctar e resinas, ser ventilados e sombreados. Recomenda-se pelo menos três melgueiras ou sobreninhos com coletores de própolis por colmeia. Rainhas jovens com disposição genética, açúcar e alimentadores individuais e substitutos de pólen (pó ou pasta). As colmeias devem estar sequenciadas, aquelas cujo enxame contenha quadros com ovos, larvas e pulpas, abelhas nascentes, faxineiras, nutrizes, construtoras, vigilantes e campesinas. A própolis deverá ser colhida a cada 7 dias, utilizando-se das boas práticas de produção. A entrada de néctar deve ser fornecida semanalmente e ininterrupta. Ao final do processo produtivo, o mel não floral será colhido e armazenado para futuras alimentações e a cera devidamente processada, respeitadas as boas práticas.

Biografia do Autor

Rosilene Agra da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2000), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e doutorado em Programa de Doutorado Integrado Em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Criação de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: identificação da flora apícola do nordeste brasileiro; caracterização físico-química e análise sensorial de mel, leite e carnes; sistemas de produção e cadeia produtiva da apicultura, bovinocultura, ovinocaprinocultura, avicultura; forragicultura.

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Publicado

2019-10-30

Como Citar

Pacheco Filho, E. F. de, Silva, R. A. da, Silva, A. M. da, Silva, A. F. da, Dias Filho, J. A., & Cruz, J. P. G. da. (2019). PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E CERA EM ATIVIDADE APÍCOLA: COMPATIBILIDADE E REQUISITOS. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(1), 15. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6934

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