Utilização da própolis verde no efeito cicatrizante em lesão cutânea: relato de caso

Autores

  • Mônica Barbosa de Sousa Freitas Flórida Chrsitian University – FCU
  • José Cândido da Silva Nóbrega Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0000-0002-0976-3763
  • Wyara Ferreira Melo Universidade Federal de Campina Grande, campus Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • Karla da Nóbrega Gomes Universidade Federal de Campina Grande
  • Manoel Marques de Souto Nóbrega Filho Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba – FCM-PB.

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v11i1.8546

Palavras-chave:

Tratamentos alternativos. Apis mellifera. Ferimentos.

Resumo

O estudo tem como objetivo relatar a evolução do tratamento de feridas utilizando o extrato de própolis verde. Uma paciente do sexo feminino, 52 anos, procurou assistência médica para uma avaliação no Membro Inferior Esquerdo (MMII), uma lesão cutânea, sofrida após duas semanas do ocorrido. Orientou-se medicamentos para o processo de reparação da ferida como, um antibiótico Levofloxacino de 500mg com posologia de 12/12 e um analgésico Dievari de 900mg +100mg. Após uma segunda avaliação externa, observou-se que as feridas apresentavam formato assimétrico, profundas, edemaciado, com um formato numular, apresentando mialgia no membro ao deambular e ao deitar-se. A dor relatada pela paciente antes de iniciar o tratamento de 0 a 10 de acordo com a Escala Visual Analógica – EVA, foi 9, significando dor intensa. A própolis foi utilizada na lesão. Na assepsia foram utilizados luvas, gazes, soro fisiológico, sabonete antisséptico Riohex de 2% de Digliconato de Clorexidina, água oxigenada de 10 volumes de 100 ml e o extrato de própolis verde. O procedimento foi realizado durante oito dias, até obter o resultado de reparação da lesão. No relato de caso, a própolis verde durante a aplicação do protocolo, contribuiu para o processo de reparação do tecido, ocasionando a diminuição do processo inflamatório e a redução do nível de dor para 0, de acordo com a Escala Visual Analógica – EVA. É importante verificar a ação da própolis verde na ação curativa de feridas, sendo necessário estudos mais aprofundados, analisar as concentrações do extrato de própolis e outros fatores que possam garantir a ação desse produto.

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Biografia do Autor

Mônica Barbosa de Sousa Freitas, Flórida Chrsitian University – FCU

Graduada em Fisioterapia pela FAESF-Floriano/Piauí e Mestre em Gestão da Saúde pela Flórida Chrsitian University – FCU, EUA.

José Cândido da Silva Nóbrega, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Graduado em Administração; Graduado em Teologia pelo Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR); MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Especialista em Teologia pela Universidade Católica Dom Bosco; Mestre pelo PPGSA – UFCG e Mestre em Negócios Internacionais -MUST.

Wyara Ferreira Melo, Universidade Federal de Campina Grande, campus Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Graduada em Enfermagem e doutoranda em Engenharia de Processos, pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos, Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Karla da Nóbrega Gomes, Universidade Federal de Campina Grande

Graduada em Enfermagem e Mestre em Sistemas Agroindustriais-UFCG.

Manoel Marques de Souto Nóbrega Filho, Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba – FCM-PB.

Graduando em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba – FCM-PB.

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Publicado

2021-03-01

Como Citar

Freitas, M. B. de S., Nóbrega, J. C. da S., Melo, W. F., Gomes, K. da N., & Nóbrega Filho, M. M. de S. (2021). Utilização da própolis verde no efeito cicatrizante em lesão cutânea: relato de caso. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 11(1), 130–134. https://doi.org/10.18378/rebes.v11i1.8546

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