INFLUÊNCIA DO USO DO SOLO NA QUALIDADE DA ÁGUA DE UMA MICROBACIA HIDROGRÁFICA RURAL

Autores

  • Manoel Moisés Ferreira de Queiroz Universidade Federal de Campina Grande, Pombal
  • Caroline Iost Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel
  • Simone Damasceno Gomes Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel
  • Márcio Antonio Vilas Boas Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel

DOI:

https://doi.org/10.18378/rvads.v5i4.407

Palavras-chave:

Ocupação do solo, Vazão, Gestão de recursos hídricos

Resumo

O objetivo deste trabalho foi verificar a influência do uso do solo na qualidade da água da microbacia hidrográfica da sanga Mandarina, localizada no município de Cascavel-PR. A vazão e os parâmetros físico-químicos da água, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, pH, temperatura da água, turbidez, cor, nitrato, nitrito, nitrogênio total e fósforo total foram monitorados entre os meses de janeiro e agosto de 2007, no principal rio da microbacia. Determinou-se a curva-chave da vazão e esta apresentou resultado satisfatório, sendo possível observar correlação entre cota e a vazão. Os resultados das análises físico-químicas indicaram uma boa qualidade da água, pois os parâmetros não ultrapassaram os limites regidos pela Resolução 345/05 do CONAMA para rios de Classe 2, com exceção do oxigênio dissolvido que em algumas coletas esteve abaixo de 5 mg L-1, cor e fósforo total que também ultrapassaram os limites estipulados. A agricultura é a atividade predominante na microbacia (88%) e os cursos d’água apresentam cerca de 79% da área de mata ciliar exigida por lei. Acredita-se que o manejo do solo na área agricultável com práticas como o plantio direto e sistema de terraços, e a presença de mata ciliar nos rios influenciaram para a boa qualidade da água.

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Publicado

2010-08-04

Como Citar

QUEIROZ, M. M. F. de; IOST, C.; GOMES, S. D.; BOAS, M. A. V. INFLUÊNCIA DO USO DO SOLO NA QUALIDADE DA ÁGUA DE UMA MICROBACIA HIDROGRÁFICA RURAL. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [S. l.], v. 5, n. 4, p. 200–210, 2010. DOI: 10.18378/rvads.v5i4.407. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/407. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

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