Uso de resíduos de castanha-do-Brasil para o cultivo de cactos globulares na região Amazônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rvads.v17i3.9333

Palavras-chave:

Astrophytum, Gymnocalycium, Frailea, Cactaceae, Substratos

Resumo

Este trabalho objetivou avaliar as respostas de crescimento de três espécies globulares da família Cactaceae: Astrophytum asterias (Zucc.) Lem., Gymnocalycium anisitsii subsp. multiproliferum (P.J. Braun) P.J. Braun & Esteves e Frailea grahliana (F. Haage) Britton & Rosee cultivadas em substratos orgânicos puros. A escolha das espécies foi realizada com base no seu valor comercial nacional e na disponibilidade de aquisição dos indivíduos na quantidade requerida para os experimentos. O delineamento experimental aplicado foi o inteiramente casualizado, com 15 indivíduos de cada espécie por tratamento, sendo estes: substrato 1 (Tegumento da amêndoa da castanha triturado), substrato 2 (Casca do fruto de cupuaçu triturada), substrato 3 (Casca do ouriço da castanha triturado) e substrato 4 (Mistura de cascas de árvores). A análise química de cada material revelou diferenças importantes nos valores de pH. O tegumento da amêndoa de castanha proporcionou os melhores resultados de incremento em altura e diâmetro para todas as espécies testadas, sendo o material mais indicado para uso tanto puro quanto adicionado a outros materiais na composição de receitas. Considerando as propriedades físicas e os teores nutricionais, todos os materiais possuem potencial de uso para o cultivo das espécies testadas, entretanto, recomenda-se que o uso da casca de cupuaçu e do mix de resíduos de madeiras sejam misturados a outros componentes para que o pH possa ser equilibrado.

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Biografia do Autor

Iane Barroncas Gomes, Universidade do Estado do Amazonas, Itacoatiara

Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Mestre em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Atualmente compõe o corpo docente da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (CESIT). Realiza pesquisas voltadas para a produção de mudas de espécies florestais e ornamentais e arborização urbana. Ministra disciplinas correlatas à Botânica e Ciências do Solo.

Milena da Silva Ferreira, Universidade do Estado do Amazonas, Itacoatiara

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado do Amazonas (2021). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação de Áreas Silvestres.

Geovana Meireles Queiroz, Universidade do Estado do Amazonas, Itacoatiara

Estudante do curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Possui experiência na participação de projetos de Educação Ambiental e produção de mudas de espécies florestais e ornamentais.

Luís Antônio Coutrim dos Santos, Universidade do Estado do Amazonas, Itacoatiara

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2012), Mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (2014), Doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2018) e Pós-Doutorado em Ciências Ambientais pela UFAM. É professor adjunto I da Universidade do Estado do Amazonas ? UEA, no Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara ? CESIT. Foi professor voluntário do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente ? Campus Humaitá (2019-2020). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Gênese, morfologia e classificação do solo, atributos físicos, solos amazônicos e Terras Pretas Arqueológicas.

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Uso de resíduos de castanha-do-Brasil para o cultivo de cactos globulares na região Amazônica

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Publicado

2022-07-01

Como Citar

GOMES, I. B.; FERREIRA, M. da S.; QUEIROZ, G. M.; SANTOS, L. A. C. dos. Uso de resíduos de castanha-do-Brasil para o cultivo de cactos globulares na região Amazônica. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [S. l.], v. 17, n. 3, p. 221–226, 2022. DOI: 10.18378/rvads.v17i3.9333. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/9333. Acesso em: 16 maio. 2024.

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