A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA LÚDICA NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Wallace Pires Alves Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras – ETSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Felipe Gonçalves Bezerra Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras – ETSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Cristina Gonçalves da Silva Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras – ETSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Laurita da Silva Cartaxo Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras – ETSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)

Palavras-chave:

Hospitalização, Criança, Terapia.

Resumo

INTRODUÇÃO

O ambiente hospitalar é visto como lugar de aflição e sofrimento, onde a criança pode sentir e absorver tal situação com mais amplitude do que o adulto, como consequência, podem responder de forma negativa, com reações de impaciência, temor, desordem, choro, irritação etc. É importante preparar emocionalmente as crianças para estes momentos, requerendo um cuidado diferenciado e peculiar, capaz de reconhecer e suprir suas necessidades. O ato de brincar propriamente dito é uma atividade própria da infância e no período hospitalar funciona como terapia lúdica, permitindo acrescer as chances de sobrevida.

OBJETIVOS

Analisar estudos sobre a importância da terapia lúdica no cuidado de crianças hospitalizadas.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de uma busca nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library (Scielo), pelo cruzamento dos descritores “Hospitalização”, “Criança”, “Terapia” mediante o uso do operador booleano “AND”. Desta forma, obteve-se 15 artigos publicados em português nos anos de 2012 a 2018, dos quais 6 foram selecionados pela leitura dos títulos e resumos.

RESULTADOS

De acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), disposto no artigo 7 da lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a promoção, prevenção e assistência, implicam no compromisso de promover a qualidade de vida para a criança crescer e desenvolver o seu potencial físico, psíquico e social, mesmo diante de um período de enfermidade, segundo o princípio da integralidade.

Presando o desenvolvimento saudável da criança e o princípio da integralidade do ser humano, é imprescindível compreender que o cuidado hospitalar à criança deve ser diferenciado, tendo em vista todas as características enredadas no processo de ser criança, nesse caso o hábito de brincar.

Desta maneira, o lúdico mostra-se um potencializador na relação terapêutica criança/profissional, assegurando o alívio do estresse e outros comportamentos avessos aos procedimentos diretos do próprio tratamento e ao período de tempo hospitalizado.

A brincadeira é a língua com a qual a criança se comunica e constitui seu cotidiano, explora o corpo, os objetos, a expressão, as ações, de modo a colocar em jogo seus sentidos, dados, refazer trajetos e histórias. Tece brincando, portanto, o seu dia a dia. É por meio da experimentação desta língua que o cuidado em saúde pode vir a acontecer de modo que crianças e adolescentes possam ser protagonistas de seu processo saúde-doença, apropriando-se de sua condição de modo afirmativo, não como vítima dos acontecimentos, mas como oportunidade de reinvenção de si e de seu lugar no mundo. (ANGELI; LUVIZARO; GALHEIGO, 2012).

 

CONCLUSÕES

O presente trabalho evidencia a importância de olhar por uma nova vertente a hospitalização na pediatria, não somente para tratamento de doenças por meio dos procedimentos, mas dando ênfase também ao cuidado lúdico como forma terapêutica no período de tratamento, visando o emprego do brincar na assistência à criança como método de amenizar as sequelas e traumas causados pela hospitalização e fornecendo condições para o desenvolvimento natural como um ser próprio.

Referências

ANGELI, A. A.C.; LUVIZARO, N. A.; GALHEIGO, S. M. O cotidiano, o lúdico e as redes relacionais: a artesania do cuidar em terapia ocupacional no hospital. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, São Paulo, v. 16, n. 40, p. 261-272, 2012.

BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, artigo 7°, Brasília, 1990.

DAL OMO NICOLA, G. et al. Cuidado lúdico à criança hospitalizada: perspectiva do familiar cuidador e equipe de enfermagem. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, 2014.

JONAS, M. F. et al. O lúdico como estratégia de comunicação para a promoção do cuidado humanizado com a criança hospitalizada. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 17, n. 4, p. 393-400, 2014.

MOURA SILVA, G. et al. A influência do lúdico no cuidado humanizado a pacientes oncológicos pediátricos no hospital do município de Aracaju-Se. Revista Iberoamericana Educación e Investigación en Enfermaría, Aracaju, v. 4, n. 3, p. 26-35, 2014.

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Publicado

2020-02-19

Como Citar

Alves, W. P., Bezerra, F. G., da Silva, C. G., & Cartaxo, L. da S. (2020). A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA LÚDICA NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6790