TRANSTORNO AUTÍSTICO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Autores

  • Yasmim Saldanha Duarte Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
  • Patricia Michele Roque da Silva Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
  • Francisco José Vieira Duarte Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Palavras-chave:

Transtorno Autístico, Enfermagem, Prognóstico.

Resumo

INTRODUÇÃO

Autismo ou Transtorno de Espectro Autista (TEA), o termo tem origem grega da palavra autós que significa “por si mesmo”. É um transtorno que geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade e tem como característica o comprometimento de todo desenvolvimento neuropsicomotor. Segundo a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (20/10/2017), qualquer criança pode desenvolver o autismo, independentemente do sexo, raça, etnia ou classe social.

Apesar de inúmeras pesquisas, o TEA ainda apresenta causas desconhecidas, em contra partida alguns avanços então sendo idealizados para se entender e descobrir o que pode ocasionar tal transtorno; Alguns estudos já conseguem apontar para prováveis fatores genéticos, que podem ser hereditários, mas também é possível que fatores do ambiente, como infecções durante a gestação, consumo de tipos de alimentos ou contato com substâncias intoxicantes, como o chumbo e mercúrio, por exemplo, possam ter grande efeito no desenvolvimento da doença.

Sabendo que, o TEA pode se manifestar como severa implicação da comunicação social, afetando as áreas de cognição, linguagem, desenvolvimento motor e social; O enfermeiro tem um papel muito importante tanto para auxiliar no diagnóstico precoce, como para o acompanhamento do paciente ou até mesmo para participar juntamente com a família no desenvolvimento de atividades para um melhor prognóstico. Por isso, a importância de realizar tal pesquisa, já que o enfermeiro é profissional que está na linha de frente junto à família.

OBJETIVO

Contudo, objetivou-se compreender quais as ações o enfermeiro deve buscar desenvolver, a fim de realizar um atendimento diferenciado com o paciente e os familiares de pessoas com Transtorno de Espectro Autista – TEA.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2018. Foi feita uma pesquisa de outros trabalhos já escritos sobre a temática, na base de dados online Portal de Periódicos CAPES, através dos descritores Transtorno autístico, Enfermagem e Prognóstico, utilizando o conectivo booleano – AND. Os critérios de inclusão basearam-se em serem online, gratuitos e escritos no período de 2014 a 2018, e os de exclusão foram não terem tradução para o português.

Após a pesquisa com os descritores foram encontrados 558 artigos, que mediante uma seleção com os critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 188, e após uma leitura superficial onde se pôde identificar as ideias principais dos mesmos, restaram então apenas 3, que serviram para o desenvolvimento.

RESULTADOS

Segundo Souza et al (2017), a maior dificuldade encontrada pelos pais, é que os profissionais não tem o conhecimento científico necessário para lidar com ambos. Os pais dos portadores de TEA sentem se desnorteados, pois não sabem, muitas vezes quais são os principais sintomas do autismo, destacando-se então a importância de um profissional que possua um conhecimento hábil com a finalidade se suprir as dúvidas e esclarecer os medos.

De acordo com Melo et al (2017), o profissional enfermeiro tem um papel fundamental, principalmente na hora da consulta de enfermagem, para avaliar os sinais e sintomas, como também para orientar a família e/ou cuidador, elaborando maneiras para reduzir a repercussão das manifestações na vida dos mesmo, visando um bom prognóstico.

Conforme Fernandes et al (2018), o enfermeiro exerce um papel de imensa grandeza no que diz respeito a mediação paciente/família. Para atender crianças com autismo é necessário que ocorra uma compreensão por parte dos profissionais que lidam com essas crianças, essas, por sua vez, precisam confiar piamente no profissional, pois só assim será possível uma aproximação mais efetiva.

CONCLUSÕES

 É de extrema importância que os profissionais da enfermagem estejam atuando frente a frente com os familiares a fim de minimizar os efeitos causados pelo diagnostico; Estando sempre disponíveis para esclarecer as dúvidas de forma coerente de modo que os familiares possam entender. Além disso deve-se sempre buscar atualizações acerca do autismo e ao cuidado frente a essa problemática a fim de promover uma melhor aceitação dos envolvidos e um melhor prognóstico geral.

Referências

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (Belo Horizonte) (Org.). Entenda o que é Autismo e como identificar. 20/10/2017. Disponível em: <http://apaebh.org.br/entenda-o-que-e-autismo-e-como-identificar/?gclid=CjwKCAjwjIHeBRAnEiwAhYT2h9ZOsg6fvgK_YWPKb2neILrw9DgLxuUMYmAK5CqhIQ_ciJPuuBHLVRoCX9wQAvD_BwE>. Acesso em: 12 out. 2018.

FERNANDES, Anna Flávia Figueiredo; GALLETE, Kauany Gonçalves da C.; GARCIA, Claudia Denise. A importância do cuidado de enfermagem diante do paciente com espectro autista. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, [S.l.], v. 33, n. 65, p. 33-44, jun. 2018. ISSN 0104-8112. Disponível em: <http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/89>. Acesso em: 18 nov. 2018.

MELO, Camila Alves de et al. IDENTIFICAÇÃO DO PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO AUTISMO. Mostra Interdisciplinar do curso de Enfermagem, [S.l.], v. 2, n. 2, jun. 2017. ISSN 2448-1203. Disponível em: <http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/mice/article/view/1154>. Acesso em: 18 Nov. 2018.

SOUZA, Willian Divo Alvares et al. Criança autista e a família: uma visão da enfermagem. 2017. Revista ung. Disponível em: <http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3146/2269>. Acesso em: 18 nov. 2018.

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Publicado

2020-02-19

Como Citar

Duarte, Y. S., Roque da Silva, P. M., & Vieira Duarte, F. J. (2020). TRANSTORNO AUTÍSTICO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6818