VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Márcia Janiele Nunes da Cunha Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Beatriz Pereira Alves UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Diego Bruno Gonçalves Macedo UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)

Palavras-chave:

Violência contra a Mulher, Parto, Parto Humanizado.

Resumo

A violência obstétrica corresponde a uma forma específica da violência de gênero praticada por profissionais da saúde, na medida em que se observa uma apropriação indevida dos processos corporais, reprodutivos e sexuais das parturientes. Tendo em vista o impacto da violência obstétrica na vida das mulheres, surgiu a curiosidade de analisar o que a literatura nacional evidencia sobre a temática em questão nos últimos anos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que possui como questão norteadora “Qual a produção científica existente acerca da violência obstétrica em instituições brasileiras nos últimos anos? ”. Realizada através das bases de dados: LILACS e BDENF, via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A falta de conhecimento sobre o tema entre as parturientes contribui diretamente para a perda de privacidade e controle sob seu corpo, tornando-o propriedade e responsabilidade dos profissionais de saúde, que ditam o comportamento adequado a se tomar na hora do parto. É preciso humanização por parte dos profissionais, mas primeiramente é necessário o reconhecimento da individualidade de cada parturiente através de uma assistência holística integral, percebendo assim, as reais necessidades de cada mulher e também sua capacidade de lidar com o fenômeno do nascimento, empoderando-as.

Referências

BARBOSA, L.C.; FABBRO, M.R.C.; MACHADO, G.P.R. Violência obstétrica: revisão integrativa de pesquisas qualitativas.Av. enferm; 35(2): 190-207, mayo-ago. 2017.

BIENAL DE ARTES DE SÃO PAULO. Espaço para abortar. MujeresCreando. São Paulo: 31a Bienal de Artes; 2014.

BISCEGLI, T.S. et al. Violência obstétrica: perfil assistencial de uma maternidade escola do interior do estado de São Paulo.CuidArte, Enferm; 9(1): 18-25, jan.-jun. 2015.

BRASIL. Decreto nº 1.256, de 29 de setembro de 1994. Promulga a Convenção

Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 ago. 1996. Seção 1, p. 15.

BRASIL. Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê. UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância. Ministério da Saúde. São Paulo. Globo. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretária de Políticas de Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Assistência Pré-natal: Manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

CARDOSO, F.J.C. et al. Violência obstétrica institucional no parto: percepção de profissionais da saúde.Rev. enferm. UFPE online; 11(9): 3346-3353, set. 2017.

CARDOSO, J.E.; BARBOSA, R.H.S. O desencontro entre desejo e realidade: a “indústria” da cesariana entre mulheres de camadas médias no Rio de Janeiro, Brasil. Physis. 2012; 22(1):35-52.

COPELLI, F.H.S. et al.Fatores determinantes para a preferência da mulher pela cesariana. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Abr-Jun; 24(2): 336-43.

DINIZ, S.G. et al. Violência obstétrica como questão para a saúde pública no brasil: origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua prevenção. J. Hum. Growth Dev. vol.25 no.3 São Paulo. 2015.

FIORETTI, B. Nascer no Brasil: parto, da violência obstétrica às boas práticas. DVD.Rio de Janeiro: Fiocruz; 2014.

GUIMARÃES, L.B.E.; JONAS, E.; AMARAL, L.R.O.G. Violência obstétrica em maternidades públicas do estado do Tocantins.Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 26(1): e43278. 2018.

LEAL, S.Y.P. et al. Percepção de enfermeiras obstétricas acerca da violência obstétrica.Cogitareenferm; 23(1): 1-7, jan - mar. 2018.

OLIVEIRA, M.C.; MERCES, M.C. Percepções sobre violências obstétricas na ótica de puérperas.Rev. enferm. UFPE online; 11(supl.6): 2483-2489, jun. 2017.

RISCADO, L.C.; JANNOTTI, C.B.; BARBOSA, R.H.S. A decisão pela via de parto no brasil: temas e tendências naprodução da saúde coletiva. Texto Contexto Enferm, 2016; 25(1):e3570014.

RODRIGUES, F.A.C. et al. Violência obstétrica no processo de parturição em maternidades vinculadas à Rede Cegonha.Reprod. clim; 32(2): 78-84, 2017.

SENA, L.M.; TESSER, C.D. Violência obstétrica no Brasil e o ciberativismo de mulheres mães: relato de duas experiências. Comunicação saúde educação, 2017; 21(60):209-20.

World Health Organization. Global consultation on violence and health. Violence: a publichealth priority. Geneva: WHO; 1996.

ZANARDO, G. L. P. et al. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & Sociedade, 29: e155043. 2017.

Downloads

Publicado

2020-03-19

Como Citar

Nunes da Cunha Lima, M. J., Alves, B. P., & Gonçalves Macedo, D. B. (2020). VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6903